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Torres do Parque Eólico continuam sem funcionar
As torres do Parque Eólico de Bom Jardim da Serra, continuam, em sua grande maioria, sem funcionar. Em julho do ano passado, o Correio Lageano publicou uma reportagem explicando que, das 62 torres, apenas oito funcionavam normalmente. A situação ainda é a mesma e não há previsão para voltar ao normal.
O auditor administrativo da prefeitura de Bom Jardim da Serra, Nelson Schoeller, explica que, há algum tempo, não há notícias sobre o parque eólico. A arrecadação do município é quem é afetada pela parada das torres. Em 2018, foram arrecadados, no total, R$ 20 milhões. Caso todo o Parque estivesse em funcionamento, esse valor poderia aumentar em até R$ 1,5 milhão.
O morador e agricultor Jorge Rodrigues é uma das pessoas que recebe aluguel por ceder espaço para a instalação das torres. Ele revela que todos os pagamentos estão em dia, mas que as torres continuam sem funcionar.
Nós últimos dias, perceberam uma movimentação na região e acreditam ser de uma empresa que pode começar a manutenção dos equipamentos. A reportagem entrou em contato com o escritório da Energimp. Entretanto, as ligações não foram atendidas e os e-mails não foram respondidos.
Sobre o parque
O Parque Eólico de Bom Jardim da Serra foi inaugurado em 2011, após um investimento de R$ 545 milhões. Ao todo, são 62 aerogeradores, com 93 megawatts de potência, capacidade suficiente para abastecer 90 mil famílias. Durante a construção da usina eólica, o município arrecadou R$ 2,15 milhões. Quem colocou o projeto em prática foi a empresa Energimp, que ainda possui escritório na região.
Energia eólica
A energia proveniente dos ventos é uma antiga aliada dos seres humanos. Os moinhos de vento foram criados e usados para moer diversos grãos essenciais para o desenvolvimento da humanidade, como o trigo.
A Holanda aprimorou a utilização dos moinhos de vento, concedendo-lhes pás, que são conhecidas como hélices, e se tornou mundialmente conhecido pelo uso da energia eólica. A popularização mundial da energia eólica se deu a partir da década de 1970, em virtude da escassez de petróleo que ocorreu na época.
Esse fato foi decisivo para o desenvolvimento de novas fontes alternativas de energia, o que proporcionou um grande avanço em estudos e medidas de estímulos para que a energía eólica fosse utilizada como alternativa de geração de eletricidade.
Entre as vantagens da produção deste tipo de energia limpa, é a não produção de emissões perigosas ou mesmo de resíduos sólidos tóxicos, podendo compensar as emissões provenientes de outras fontes de energia, ajudando a reduzir os efeitos da mudança climática.
Para efeitos de comparação, segundo o Ministério de Minas e Energia, a cada 100 MW produzidos em parques eólicos brasileiros, são economizados 40m³/s de água na cascata do Rio São Francisco.