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Thiago de Castro passará por vistoria do Ministério Público

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Arquivos do museu Thiago de Castro, armazenados próximos de substâncias que protegem da umidade - Foto: Camila Paes

Quatorze museus em Santa Catarina serão vistoriados pelo Ministério Público, entre eles está o Museu Thiago de Castro. A ação começou a ser desenvolvida após o incêndio no Museu Nacional, que destruiu vinte milhões de peças que contavam a história do Brasil e do mundo. O superintendente da Fundação Cultural de Lages, Gilberto Ronconi, explica que a vistoria é importante para saber se estão no caminho certo para a preservação da história da cidade.

Nacionalmente, a ação envolve unidades do Ministério Público estadual de 15 estados brasileiros, mais o Ministério Público Federal. A partir das informações coletadas nas inspeções, o Ministério Público poderá propor os ajustes necessários por meio de recomendações ou acordos com os órgãos mantenedores dos museus ou até mesmo, caso necessário, ingressar com ações civis públicas na Justiça para buscar as adequações.

As primeiras vistorias nos museus catarinenses, como parte de uma ação Ação Nacional do Ministério Público Brasileiro, foram realizadas na segunda-feira, 22, em Jaraguá do Sul, e em outros municípios do Estado durante a semana.

Os Promotores de Justiça conduzirão as ações de vistoria dos museus em Santa Catarina, com o apoio de órgãos e instituições ligados à proteção do patrimônio histórico-cultural, após sugestão do Grupo Especial de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural (GPHC), criado e coordenado pelo Ministério Público (MPSC).

Ronconi explica que a visita ajudará a definir como está a situação dos museus catarinenses e a checar as condições gerais. Ele ressalta que a última vez que o Ministério Público esteve no museu foi em 2011, para uma mediação com o fim de aquisição do acervo, que era privado, pela prefeitura.

O superintendente ressalta que a Agência Brasileira de Museus encaminhou medidas a serem tomadas pelos museus brasileiros e que o Thiago de Castro procura se adequar, como a digitalização do acervo e as visitas frequentes dos bombeiros, deixando o acervo protegido.

Atualmente, a estrutura que chegou a abrigar o Fórum de Lages, está com a pintura gasta e algumas marcas do tempo. Tombado desde 2001 pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o museu não recebe uma reforma externa desde 1995, ano em que passou a abrigar o Museu Histórico. Por causa da chuva de granizo, em outubro de 2014, que atingiu quase toda a cidade, o telhado e as calhas do antigo prédio precisaram ser trocadas.

Em Lages

A iniciativa faz parte da  Ação Nacional iniciada no mês de setembro e que se estende por todo o país durante os meses de outubro e novembro. Ao todo, serão inspecionados 14 museus, em diferentes regiões do Estado, até o dia 7 de novembro. O Thiago de Castro será o último a ser vistoriado.

Os museus que serão vistoriados em Santa Catarina estão registrados no Cadastro Catarinense de Museus, mantido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), e a lista é baseada no levantamento realizado pelo GPHC, divulgado no dia 17 de outubro. Entre as instituições selecionadas, estão o Museu Anita Garibaldi, em Laguna; o Museu de Arte Catarinense, em Florianópolis; o Willy Zumblick, em Tubarão; e o Nacional do Mar, em São Francisco do Sul.

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