TCE questiona contrato com empresa de comunicação

As contas da Câmara de Vereadores de Lages sofreram restrição do Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC). Isso significa que houve questionamento sobre o objetivo de gastos do órgão com a imprensa e agora o TCE quer explicações. O contrato com a empresa de comunicação Procedere, que divulgava notícias dos trabalhos dos vereadores na imprensa, foi questionado.

Na época, a vereadora Aida Hoffer já era presidente da Câmara e, por isso, ela é quem está respondendo ao TCE. Porém, ela foi a única parlamentar que não renovou o contrato com a empresa, assinado em 2012.

“Em 2017, o contrato se encerrou, e eu não renovei mais. Então, a divulgação foi feita por cinco anos e somente quando acabou o contrato, o TCE expôs que o trabalho é de promoção pessoal dos vereadores. Nunca foi nos dada alguma orientação e eles vêm aqui fazer visitas esporadicamente.”

Aida não concorda com isso, pois acredita que a população precisa saber o que está sendo feito pelos vereadores. Desde agosto de 2017, não há mais publicidade na imprensa. Uma nova licitação foi feita em 2018 e a empresa Mídia Free, de Lages, venceu o processo orçado em R$ 250 mil para o ano. Porém, uma das empresas concorrentes entrou com recurso e tudo ficou parado.

Eram gastos R$ 48 mil por mês em publicações em revistas e jornais, além de áudios enviados para as rádios. A empresa recebia o dinheiro e encaminhava os valores para os veículos de comunicação.

O material de publicação era feito pela assessoria de comunicação da Câmara de Vereadores. A assessoria de imprensa do TCE foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos do jornal.