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Seul lembra entre tensões os 60 anos de uma guerra inacabada

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Seul (Coréia do Sul), 25/06/2010, (EFE)

A Coreia do Sul reivindicou nesta sexta-feira o "fim das provocações" do regime comunista de Pyongyang, durante uma cerimônia para comemorar 60º aniversário da explosão da guerra que dividiu em duas a península coreana.

 

As seis décadas desde o início da Guerra da Coreia (1950-1953), que deu lugar a um sistema capitalista no Sul e outro comunista no norte, foi lembrada em Seul com uma cerimônia na qual o presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, assegurou que seu país não procura um confronto militar, mas "uma reunificação pacífica".

 

A mensagem de Lee ocorreu após conhecer-se que a Coreia do Norte declarou uma zona de exclusão da navegação até domingo em sua costa oeste, no Mar Amarelo, o que suscitou preocupação pela possibilidade que prove um míssil.

 

As relações entre as duas Coreias, que nos últimos anos tiveram períodos de aproximação, atravessam um momento de especial após o afundamento em março da corveta sul-coreana "Cheonan" a causa, segundo Seul, de um torpedo norte-coreano que matou 46 marinheiros, embora Pyongyang o nega.

 

Enquanto o Conselho de Segurança da ONU estude uma resposta internacional ao regime de Kim Jong-il, o Governo sul-coreano bloqueou todas as trocas com o Norte.

 

Neste ambiente, o 60º aniversário do início das hostilidades foi lembrado na cidade de Busan, ao sudeste do país, com manobras navais nas quais 13 navios replicaram diante de 2 mil cidadãos e veteranos de guerra a primeira batalha naval de 1950, quando o Sul afundou uma embarcação com 600 soldados.

 

Em Seul houve outra cerimônia à qual assistiram 5 mil pessoas, entre elas políticos, veteranos de guerra e diplomatas dos países participantes da força das Nações Unidas que apoiou a Coreia do Sul.

 

Além disso, por causa do aniversário Lee enviou uma carta cerca de 300 mil veteranos sul-coreanos e estrangeiros na qual definiu a Guerra da Coreia como um conflito "inacabado" ao destacar que, após o naufrágio de Cheonan, persiste "a severa realidade do Norte e Sul divididos".

 

Seul acusou sempre Pyongyang de iniciar a guerra com um ataque surpresa desde o paralelo 38 na manhã de 25 de junho, que marcou o início de uma ofensiva relâmpago norte-coreana repelida após o desembarque americano na cidade de Incheon em setembro.

 

Pyongyang, por sua parte, assegura que foi uma invasão do Sul com apoio dos EUA.

 

As negociações multilaterais para a desnuclearização do regime norte-coreano estão paralisadas desde dezembro de 2008, e o caso do "Cheonan" afastou as esperanças que se retomem a curto prazo.


Foto: (EFE)

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