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Setembro é mês de prevenção ao suicídio
A cada 45 minutos, um brasileiro morre ao cometer suicídio. No mundo, este dado é ainda mais alarmante, sendo que uma pessoa tira a própria vida a cada 45 segundos. Os dados revelam que, todos os dias, 32 brasileiros morrem dessa forma, taxa superior às vítimas da Aids e da maioria dos tipos de cânceres. Apesar dos números alarmantes, o assunto ainda é tratado como tabu e isso contribui para que os casos continuem a acontecer.
Por causa disso, vários órgãos públicos e privados têm usado o mês de setembro para conscientizar as pessoas sobre as formas de prevenção e as maneiras de se evitar que os suicídios aconteçam.
Um dos exemplos é o curso de Psicologia da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) que realiza campanhas na universidade, alertando estudantes e professores sobre os perigos e as maneiras de ajudar o próximo.
A coordenadora do curso de Psicologia da Uniplac, Vivian de Fátima Oliveira, explica que uma das propostas é distribuir mitos e verdades sobre o suicídio, principalmente para mudar o pensamento das pessoas, que muitas vezes acreditam que falar sobre o assunto é mais prejudicial que positivo.
A professora e psicóloga enfatiza que isso não é verdade e que o suicídio se tornou um problema de saúde pública, principalmente, porque não há discussões mais abertas sobre isso. “É possível prevenir que aconteça e as pessoas precisam saber identificar os sinais, ouvir o próximo e compreendê-lo”, ressalta.
Qualquer pessoa praticando a escuta, pode ajudar alguém que passa por esse problema, e influenciar que a mesma procure ajuda especializada. É preciso dar importância para o que as pessoas sentem e, além do mais, desmitificar que só os depressivos têm pensamentos suicidas.
Ministério Público faz campanha de prevenção
O Ministério Público de Santa Catarina também abriu as portas para a discussão sobre o suícidio. O relatório sobre prevenção ao suicídio da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2015, fez um alerta: mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo.
O número de vidas perdidas em todo o mundo ultrapassa o número de mortes decorrentes de homicídios e guerras combinados. Esses índices alertam para a necessidade de falar sobre o assunto para que seja possível combatê-lo. É o terceiro ano que o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) fala sobre a doença e faz a distribuição de uma cartilha para a conscientização do assunto.