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Sesc transforma peças do Museu Reche em instalação artística

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Foto: Núbia Garcia

Objetos como telefones de mesa, rádios, toca-discos, máquinas de escrever e até mesmo antigos computadores que fazem parte do Museu Reche deixaram, temporariamente, suas galerias de origem e estão em exposição no Centro Cultural Vidal Ramos, onde permanecem até o fim de julho.

Um espaço particular, mas aberto para visitação pública, o Museu Reche tem em seu acervo mais de cinco mil itens diversos e está localizado no Bairro Santa Rita. Como está fora do eixo cultural e turístico de Lages, acaba não recebendo a atenção e reconhecimento que merece.

Foi pensando em dar visibilidade para o que este espaço representa, que o Sesc de Lages transformou parte do acervo em uma instalação artística. Se no museu cada item tem um valor histórico, remonta determinado período, ou remete a lembranças pessoais, no Sesc estes itens ganharam um novo significado ao serem transformados em objetos de exposição artística.

O técnico de Cultura do Sesc Lages, Robson Andrade, explica que a ideia de levar parte do acervo para uma exposição no Centro Cultural surgiu a partir da necessidade de dar mais visibilidade ao Museu Reche, que existe há mais de uma década, mas ainda não tem o mesmo reconhecimento que outros museus da cidade.

“Aqui no Sesc, temos apenas uma pequena amostra do acervo. A gente montou a exposição como uma instalação artística, que é diferente de um acervo museológico catalogado. Tanto que aqui, propositalmente, a gente não colocou datas nem referências [nos objetos]. Criamos a exposição pensando em como estes objetos, com estéticas incomuns para os dias atuais, podem despertar olhares curiosos”, comenta.

O intuito de divulgar o museu não apenas para os lageanos, mas para que se tornasse conhecido também para os turistas que passaram pela cidade. Mensalmente, mais de três mil pessoas passam pelo Centro Cultural Vidal Ramos. Estes visitantes podem conhecer parte deste acervo e têm a curiosidade despertada para visitar o museu.

“Durante as visitas muita gente relatou que não conhecia e nem sabe onde o Museu Reche fica. Por causa dessas reações creio que a gente cumpriu nosso objetivo, que era provocar o interesse das pessoas por um espaço que não tem recebido o reconhecimento que merece”, completa.

Museu Reche

Idealizado e construído por Alceu Luiz Reche, um apaixonado por objetos e utensílios antigos, o Museu Reche tem, atualmente, mais de cinco mil itens catalogados. Alceu, que era proprietário de uma lanchonete, começou a coleção expondo antiguidades que ganhava de amigos e clientes em seu estabelecimento comercial.

Alceu era reconhecido por ser um colecionador cuidadoso e dedicado, que sempre fez questão de conservar as peças funcionando, preservando a originalidade. Desde a sua morte, em 2017, familiares são responsáveis pela manutenção e funcionamento do museu.

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