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Sérgio Godinho (Patriota), candidato a deputado federal

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Foto: Marcela Ramos

Correio Lageano: O que chama atenção na sua carreira política é que das seis campanhas das quais participou, cinco foram por partidos diferentes. Em 2003, candidatou-se a deputado estadual pelo PTB sendo eleito; em 2008 foi o candidato do PT a prefeito de Lages; em 2010 disputou novamente a deputado, pelo PSB; 2014 foi candidato a prefeito também pelo PSB; em 2016 candidatou-se a vereador pelo PTC e agora está no Patriota. Qual a justificativa que o senhor dá para tantas mudanças de partido?

Sérgio Godinho: Quero agradecer a oportunidade e dizer que a sociedade pode responder isso muito bem. Os partidos políticos deixam muito a desejar e os partidos políticos têm, a maioria deles, por onde eu passei, um corporativismo muito forte atrelado a uma cultura política atrasada, uma política de balcão de negócios, uma política onde se vê o negócio, o dinheiro para campanha, a preocupação com dinheiro. Isso não me deixa à vontade, diante desse fato eu preferi mudar de partido. Essas mudanças têm a ver com isso. Tem de diminuir os partidos, menos partidos para que se haja uma depuração dos melhores. Essa é a minha justificativa pela qual eu troquei de partido. O último partido troquei por uma questão de discussão interna, me deixaram de lado porque eu ia ser candidato a deputado estadual e ai surgiu essa oportunidade, há oito meses, para entrar no Patriota. Estou confortável, é um partido de uma ideologia muito grande, e que não se atrelou aos grandes partidos para fazer essa campanha eleitoral.

Além de todos esses partidos pelos quais já passou, ultimamente, houve conversas de que estaria pensando em ir para o MDB? O senhor acredita que não haja mais ideologias, pelas quais as pessoas se reúnem e lutam para aplicá-las na vida pública?

As pessoas têm ideologia. Eu sempre fui mais de esquerda, não da esquerda radical, mas sempre fui mais pela sociedade, comunidade e pelas pessoas. Não fui preocupado com dinheiro, em estar em grandes corporações, me atrelar a políticos sujos, então eu sempre tive pelo lado mais simples, mais humilde, mais correto. Eu vejo o MDB de Lages, uma sigla partidária muito honrada, as pessoas que congregam, que formam a estrutura do partido, são pessoas históricas de Lages. Mas como o universo político tem problemas também, tu encontra ou já encontramos, ou já vimos dentro dessa sigla problemas de corrupção ou coisa parecida. Mas o MDB é o partido da minha família, é o partido que eu pretendo me aproximar o máximo possível para que possa dar uma retomada na minha vida política, e ser novamente um político.

Na atual legislatura, dos projetos que tramitam no Congresso Nacional, quais considera importantes?

O problema maior é a imunidade parlamentar. Se você analisar, não todos, mas um vereador, deputado federal, estadual, um senador, um ex-governador e avaliar a vida dele, a vida financeira dele, você vai ver que ele não vai conseguir provar o patrimônio que tem, porque a imunidade parlamentar deixa ele à vontade e ao longo da vida pública, ele vai enriquecendo, ele vai participando de crimes, de propina, de roubos e vai aproveitando. Então você vê candidatos com campanhas milionárias, porque a imunidade parlamentar não permite que a Polícia Civil investigue, que a Polícia Militar prenda. Então, dentro do Congresso Nacional, deve-se acabar com essa imunidade parlamentar e, ainda, criminalizar o político, o que seria isso: político tem de ser investigado diuturnamente como é uma empresa, política deveria comprovar origem do dinheiro, compra do carro, do imóvel, antecipadamente, antes de comprar. A história da vida política do nosso país mostra que a maioria rouba, participa de corrupção, se for avaliar a vida de todo político como falei antes, vai ver que é uma vida que merece ser arguida a qualquer momento. A segunda lei seria fazer uma reforma política urgente, uma reforma tributária que todo mundo fala e ninguém faz. Aonde a empresa é a instituição mais importante do país e ela é hoje altamente fiscalizada, cobrada e é extorquida pelos impostos. Então tem de mudar isso, a empresa é a instituição mais importante da sociedade.

Por quê acredita que o eleitor deve confiar seu voto ao senhor?

Quem me conhece sabe do meu trabalho. Eu faço um desafio a todos os internautas. No meu mandato, juntamente com os deputados Ceron e Kuster, nós trouxemos dez vez mais coisas para nossa região do que o governador em sete anos de mandato. Nós concluímos a BR-282, conseguimos trazer o Instituto Federal de Santa Catarina, nós conseguimos fazer as marginais da BR, reformamos todos os hospitais da região serrana, nós temos milhares de projetos que fizemos, então, nesse mandato nós conseguimos fazer e mostrar. Quando deputado estadual, criei uma casa de apoio em Florianópolis, para atender aos pacientes, se eleito deputado federal quero criar essa casa em Brasília para atender as pessoas de Lages, região e Santa Catarina que vão ao hospital Sarah Kubitschek. Meu trabalho social, aliado ao atendimento às necessidades, permite que eu possa pedir o voto a você, quem me conhece sabe. Por aí afora minha vida tem sido para resolver os problemas de Lages. Então, me sinto competente, capaz, sou ficha limpa e quem me conhece sabe o que posso fazer pela cidade de Lages.

O Correio Lageano publica uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal dos municípios da Serra Catarinense. Essas entrevistas acontecem sempre às terças e quintas-feiras às 10h30 e às 14h30, ao vivo, pelo Facebook, no CL Entrevista nas Eleições 2018.

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