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Semana que vem será definido o futuro do hospital São José

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Foto: Camila Paes/Arquivo CL

Na próxima semana deve ser definido o futuro do antigo hospital São José, em Bocaina do Sul. O prédio, que pertence à Mitra Diocesana de Lages, deve ser comprado por um grupo de empresários juntamente à Associação São Francisco, que têm interesse em revitalizar a estrutura.

O médico psiquiatra e vice-prefeito de Bocaina do Sul, Valmir Martins Luciano, acredita que, na próxima terça-feira (23), data que está agendada uma reunião entre os empresários e os responsáveis pelo prédio, entre eles o bispo Dom Guilherme Antonio Werlang. “Esperamos a partir desse encontro seja concluída a negociação da compra da estrutura do antigo hospital,” disse.

De acordo com Valmir, a intenção é que a cidade volte a ser referência em Psiquiatria. O objetivo dos empresários e da associação é recuperar o prédio para transformar em uma clínica psiquiátrica. Ele ressalta que é um projeto de alto custo e o retorno será a longo prazo. “O investimento inicial é de aproximadamente R$ 3 milhões.”

O médico ressalta que o cuidado com a saúde mental é um desafio e uma necessidade na Serra Catarinense. Além disso, para construir um hospital psiquiátrico, é preciso espaço para criar atividades para os pacientes, que não devem ficar presos em seus leitos. Os dependentes químicos são a maior demanda da região.

Hospital referência

O prédio foi construído na década de 1960, com recurso proveniente da Alemanha, através do Padre Theodoro Bauschult. O imóvel foi interditado pela Vigilância Sanitária do Estado, em 2014, devido a problemas estruturais, e também nas partes elétrica e hidráulica. Desde então, o hospital São José que era a referência para atendimentos psiquiátricos na Serra Catarinense, está de portas fechada. “O hospital era uma referência para todo o Estado e por muito anos, serviu para a comunidade local”, acrescenta.

Com isso, deixou de atender os pacientes de toda a Serra Catarinense que precisavam de internação e eram encaminhados para Bocaina do Sul. Na época, o prédio tinha capacidade para 70 pacientes, porém, dias antes do fechamento, esse número havia sido reduzido para 30.  

Obras de recuperação

Após a interdição, segundo Valmir, foi criada a Associação São Francisco, com a intenção de reformar a estrutura e reativar a unidade hospitalar. Além de assumir a responsabilidade da recuperação, a associação também deverá administrar a instituição assim que voltar à ativa. A cobertura e estrutura metálica já passasam por reforma.

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