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Sem bater ponto e com concentração na ALESC, servidores da saúde cobram do Governo promessa não cumprida
Florianópolis, 22/06/2010, Assessoria de Comunicação SindSaúde/SC
Sem resposta e avanço, saúde paralisa suas atividades a partir desta terça-feira (22), às 7h, na rede de hospitais públicos do Estado.
Os servidores que aderirem ao movimento ficarão concentrados na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, ainda em busca de negociação com o Governo do Estado, enquanto o prazo para envio do PL – que concede incorporação do abono de 16,76% não esgota.
O projeto pode ser encaminhado para a votação dos parlamentares até o dia 3 de julho. Hoje durante o dia, o comando de mobilização realiza reunião nos locais de trabalho para fortalecer o movimento. Está agendada para final de tarde audiência com a Secretaria de Estado da Saúde.
Sem retorno do outro lado, em última assembleia geral a categoria votou pela greve. Após manifestações, mobilizações e paralisações, nada foi suficiente para sensibilizar o Governo com o comprometimento do acordo.
O Governo alega que com o abono gerado em novembro de 2009, o salário dos servidores passou a ser em média 150% superior ao de janeiro de 2003. O jogo de palavras confunde a veracidade dos dados.
O estado esqueceu de explicar que este aumento na folha não decorre de reajuste salarial e sim às gratificações dadas apenas aos médicos, ao pagamento de hora plantão – HP (hora extra) e sobreaviso em excesso.
O Governo insiste com a política da HP ao invés de contratar mais profissionais para atender a demanda crescente e conseqüentemente incha a folha de pagamento.
Como não cumpre a data base – somente na pressão e mobilização, e ignora reivindicação dos servidores, forçou uma dependência salarial com a complementação da HP.
Se o salário não aumenta, o servidor está se escravizando para complementar o vencimento, sobrecarregando sua capacidade laboral e prejudicando o atendimento à população.
O SindSaúde já entregou proposta de eliminação da HP em compensação do aumento salarial para os trabalhadores. Não interessou. A mordaça continua.
Há casos de óbitos dos trabalhadores da saúde em decorrência do excesso de trabalho.
Foto: SindSaúde/SC Divulgação