Economia e Negócios
SC acompanha tendência do país e desemprego cai
O desemprego, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), caiu em 18 dos 27 estados brasileiros, de 2017 para 2018. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior queda da taxa foi no Amazonas com um recuo de 15,7% para 13,9%, em Santa Catarina (de 7,1% para 6,4%).
Na Serra Catarinense, o panorama também é positivo. Segundo o secretário da Associação Empresarial de Lages (Acil), Carlos Eduardo de Liz, a expectativa é boa para este ano e já se percebe uma melhora com relação aos mesmos meses do ano passado, principalmente no setor de prestação de serviços.
“Percebemos que quem possui qualificação tem maiores chances de se destacar no mercado. Na nossa região, há uma chance de grande melhora com a instalação de empresas na área industrial,” avalia.
Para o vice-presidente regional da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Israel Marcon, a contratação para o mês de janeiro em Santa Catarina foi a melhor desde 2010, com saldo positivo de 13,8 mil. O setor têxtil foi o que mais impulsionou a economia catarinense, seguido pelo de móveis e o da madeira.
As cidades que mais se destacaram foram Joinville, Blumenau e Tubarão. Analisando os números gerais, Marcon conta que Lages, fechou janeiro com saldo negativo de 28 desempregados. “As [empresas] que mais demitiram foram empresas grandes, fecharam com um saldo de menos 134 desempregos, em Lages.”
As micro e pequenas empresas não demitiram, pelo contrário, contrataram, e isso, segundo Marcon, mostra a força do microempreendedor. “Se pegarmos os últimos doze meses, Lages vinha em um ritmo positivo com queda em dezembro e até agora sem uma retomada forte na economia.”
Pouca queda
O IBGE informou que, do terceiro para o quarto trimestre de 2018, a taxa de desemprego caiu em apenas seis das 27 unidades da federação, com destaque para o Sergipe, que passou de 17,5% para 15%; e Pernambuco, de 16,7% para 15,5%. O desemprego subiu na Bahia de 16,2% para 17,4%, e, se manteve estatisticamente estável em outras 20 unidades da federação.
Recorde ruim
Doze capitais brasileiras tiveram taxa de desemprego recorde na média de 2018, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) começou a fazer o levantamento em 2012. Uma delas foi Macapá (18,2%), com o maior nível de desemprego entre todas as 27 capitais.
Outras cidades da região Norte com taxa de desemprego recorde foram Porto Velho (13,7%) e Boa Vista (12,4%). O Nordeste, no entanto, concentrou a maior parte dessas capitais: Teresina (13,6%), João Pessoa (11,9%), Recife (16,3%), Maceió (16,7%) e Aracaju (16,4%). Também tiveram o maior percentual em sete anos o Rio de Janeiro (12,6%), Vitória (12,5%), São Paulo (14,2%) e Porto Alegre (9,5%).
Empresa têxtil sofre crise econômica
Apesar de o setor têxtil ter impulsionado a economia do Estado, em Lages, a situação é diferente, segundo o empresário da Talismar, Anderson Fernandes Rosa. Ele trabalha no ramo desde 1998 e conta que o ano passado foi o pior, desde então, pois as vendas baixaram e houve demissão.
A empresa, que já teve 96 empregados, hoje possui 80, representando uma redução de 20%. A expectativa era de que neste ano, a situação melhorasse, mas até agora, ele percebe que o setor está estagnado. Para fomentar a economia da empresa, Rosa conta que buscou outros locais para vender seus produtos, como em cidades do Oeste do Estado, e também em Curitiba e no Rio Grande do Sul.
Alegria
Depois de ficar dois meses sem emprego, Andriele Camargo Sassi, 23 anos, conseguiu colocação na Talismar. Ela e o marido se mudaram de Blumenau para Lages, pois a família dela é daqui, mas os dois estavam desempregados.
Como moram de aluguel, estava difícil viver sem emprego. Ele trabalha como forjador (setor de metais) e conseguiu emprego rápido. “Estou muito feliz aqui, eu já tinha curso de costureira e gosto muito do serviço.”