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Reforma da Previdência é prioridade de Paulo Guedes
O início do mandato do economista Paulo Guedes, como ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro (PSL), está sendo marcado pelo debate de temas polêmicos e controversos. Segundo o próprio ministro, a prioridade de seu governo é a Reforma da Previdência, seguida do controle de gastos públicos. O economista é um ferrenho defensor da privatização de todas as estatais.
O guru econômico de Bolsonaro chegou a ser apelidado pelo presidente, à época da campanha, de “posto Ipiranga” (por ser quem vai resolver qualquer pendência de ordem econômica), uma vez que em diversas ocasiões o capitão da reserva declarou seu escasso conhecimento sobre economia e que deixaria o assunto para ser tratado por sua equipe econômica.
Guedes está sendo chamado também de superministro – título que ele refuta, pois o Ministério da Economia é uma nova pasta criada pelo pesselista, que unificou os ministérios da Fazenda, do Planejamento e parte do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior.
O economista lageano Flávio Valente vê com bons olhos algumas propostas apresentadas por Guedes, mas se diz receoso quanto a outras. “Um ponto importante é que ele mantém a linha da política liberal que o Brasil sempre adotou, desde a Proclamação da República, ora pendendo mais para a direita, ora um pouco mais para a esquerda, mas sempre dentro das doutrinas liberais e neoliberais, que visam a manter a propriedade privada, o livre comércio, o mercado financeiro”, explica.
Dois pontos apontados como positivos por Valente são a Reforma da Previdência e as privatizações. “Ele [Guedes] está priorizando a Reforma Previdenciária para tornar a máquina pública viável. É muito difícil porque as grandes aposentadorias estão, justamente, no setor público. Não adianta penalizar só os CLTistas e não mexer na previdência dos ex-servidores do setor público, que é onde estão as maiores aposentadorias. Nesse ponto eu concordo plenamente com ele, mas não sei se vai ter sucesso ou não”, analisa.
A privatização de empresas estatais é vista por Valente como benéfica para a economia. Ele acredita que, atualmente, o maior problema é o monopólio do Estado nas estatais. “Por exemplo, nos Estados Unidos o governo americano é majoritário em muitas empresas, inclusive na General Motors. Nem por isso tem a mesma característica jurídica de uma estatal nossa, só que o governo não detém monopólio nem a gestão da empresa.”
Em sua posse, Guedes foi enfático com uma jornalista argentina ao dizer que o “Mercosul não é prioridade”. Para Valente, a tendência do novo setor econômico nacional em priorizar o comércio individual entre as nações, em detrimento dos blocos econômicos, como Mercosul e União Europeia é preocupante, assim como a proximidade do Brasil com o Estado Judaico e os Estados Unidos.
“Isso pode prejudicar o comércio que o Brasil tem com a China, cujas relações comerciais são maiores do que com os Estados Unidos, e com países da Liga Árabe, que é o terceiro maior parceiro comercial do país”, completa.
Guedes depende de aprovação do Congresso
Já o economista Luiz Carlos Pfleger acredita que ainda é cedo para tecer uma análise sobre o plano econômico de Gudes, porém, considera estas primeiras declarações suficientes para mostrar que acontecerão mudanças na economia brasileira.
“Podemos prever que as medidas propostas por Guedes não são autônomas. Todas dependem de aprovação do Congresso. São temas complexos, e necessitarão de grande esforço de negociação”.
No que se refere a reformas, Pfleger ressalta que são complexas e de médio e longo prazo. Ele ratifica a visão de que o maior entrave da Previdência não está na classe trabalhadora, tampouco na empresarial.
“Está no próprio governo, que através dos anos foi incluindo despesas com políticas sociais no orçamento da previdência. O governo precisa com urgência de uma reforma administrativa. As propostas referentes à previdência são importantes, mas não podem acontecer isoladamente. Antes de efetivá-la o governo deverá fazer uma análise conjuntural de tributos, previdência e política trabalhista”, pondera.
Pfleger acredita que as demais políticas propostas por Guedes merecem análises individuais de impacto e resultados. “Estas propostas terão resultados a médio e longo prazo, e o povo brasileiro está esperando por medidas de curto prazo. Por outro lado, o povo não espera e nem quer mudanças profundas, apenas que se aplique a legislação atual”, completa.
BOZOLESS
06/01/2019 at 17:49
O problema é que as instituições americanas são forte mas do Brasil são fracas. Então qualquer ataque desde cabinet extrema direita será mais difícil pra defender. Os neoliberals adoram dizer que privatização chama competição e abaixa preços, uma grande mentira como brasileiro acabará pagando mais no final. E espera até os neoliberais estrema direita cortar pensões pra pagar as taxas dos ricos brasileiros e privatizar seguro de saúde. Tenho pena dos que não votaram pro facista mas oscque não votaram ou apoio nesta administração merecem miséria!!
BOZOLESS
06/01/2019 at 17:54
O problema é que as instituições americanas são forte mas do Brasil são fracas. Então qualquer ataque desde cabinet extrema direita será mais difícil pra defender. Os neoliberals adoram dizer que privatização chama competição e abaixa preços, uma grande mentira como brasileiro acabará pagando mais no final. E espera até os neoliberais estrema direita cortar pensões pra pagar as taxas dos ricos brasileiros e privatizar seguro de saúde.
Tenho pena dos que não votaram pro facista mas os que votaram e apoiam este cabinet merecem miséria!!