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Redução da gasolina não será notada pelo consumidor
Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Serra Catarinense pratica o preço da gasolina acima da média estadual. O preço vendido nas bombas chegou a R$ 4,345 no Estado os entre agosto e setembro e, em Lages, a média foi de R$ 4,41.
A notícia boa é que a Petrobras anunciou redução de 2% no preço da gasolina comercializada em suas refinarias. O novo preço está valendo a partir de terça-feira (23), quando o litro do combustível passará a ser negociado a R$ 2,0639, segundo informou a estatal. Essa é a sétima queda consecutiva do preço que, desde 22 de setembro, quando o litro custava R$ 2,2514, recuou 8,33%.
O reajuste aconteceu após o preço estar inalterado desde o dia 12 de outubro. O repasse do reajuste para o preço final, entretanto, vai depender dos postos. Ainda mais que nestes últimos meses a alta do barril de petróleo e do dólar impactaram nos preços do combustível nas bombas.
Em pesquisa realizada na tarde de segunda (22) pelo Correio Lageano, em Lages, o preço variou de R$ 4,25 a R$ 4,69. Mesmo oferecendo preços acima da média, a maioria dos empresários não sabe se vai repassar essa redução de 2% concedida pela Petrobras.
Eles alegam que não adianta se organizar para fazer os cálculos para no dia seguinte ter novo reajuste, além disso, argumentam que nem sabem qual preço vai chegar até eles e, em razão disso, o aumento ou a redução podem nem serem notados pelo consumidor, já que são medidas tomadas diariamente.
Nesse vai-e-vem dos preços, quem fica mais desorientado é o consumidor, que perde o estímulo e deixa de fazer pesquisa. E até faz piada com os constantes reajustes. O funileiro Alisson Sell achou abuso a Petrobras fazer um auê para anunciar o que ironizou de grande redução: 2%.
“É um abuso anunciar uma redução dessa. Não faz diferença alguma,” disse o rapaz enquanto enchia um galãozinho de gasolina para que a Veraneio que usa para trabalhar chegasse ao posto mais próximo.
Diesel
Quanto ao diesel, a Petrobras informou no fim de setembro que o preço médio do combustível nas refinarias passaria de R$ 2,2964 por litro para R$ 2,3606– um aumento de 2,8%. O valor está inserido no âmbito do 3º período da 3ª fase do programa de subvenção econômica do diesel, com duração até 29 de outubro. O programa de subvenção ao diesel foi criado pelo governo, após a greve dos caminhoneiros, no fim de maio. Uma das principais reivindicações da categoria era redução no preço do produto.
Critérios dos reajustes
O preço é estabelecido conforme metodologia da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em resolução de agosto deste ano. Desde o início da nova metodologia, o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 60,26% e, o do diesel, valorização de 74,21%, segundo o site Valor Online.