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Rede Catarina completa um ano de atividade
Com olhar assustado, a filha de dois meses nos braços e a mãe ao lado, uma jovem, de 20 anos, registrou o primeiro Boletim de Ocorrência contra o marido. Eles discutiram na manhã desta quinta-feira (7) e durante a briga ele lhe deu um soco no rosto. Não foi a primeira vez que a discussão terminou em agressão, de a cordo com o que informou a jovem. O casal, que mora no Bairro Tributo, em Lages, está junto há sete anos e tem três filhos.
A jovem mãe foi atendida pelos policiais da Rede Catarina, os soldados Marlon e Camila. E, a partir de agora, terá acompanhamento do programa e contará com o suporte necessário para seguir a vida. O marido agressor também será visitado.
Ambos entraram para as estatísticas da PM e se juntam às mais de 700 pessoas cadastradas durante um ano de atividade do programa, por meio do qual os militares agem pós-crime e têm conseguido bons resultados. Entre os atendimento feitos em um ano de trabalho, mais de 160 mulheres já conseguiram reestruturar suas vidas e não necessitam mais do acompanhamento da equipe multidisciplinar que integra o programa.
O sargento José Valdir Goedert, coordenador do Rede Catarina, comemora os resultados. “Houve um crescimento de denúncias e medidas protetivas, mas, agora, notou-se uma sensível redução. Penso que pelo fato de as redes estarem trabalhando juntas. As mulheres estão se empoderando, fazendo o seu papel denunciando mais, e mesmo quem não é vítima de violência doméstica, denúncia.”
O tenente-coronel, Alfredo Nogueira, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, explica que o trabalho é de prevenção empoderamento da mulher. “Visitamos cada uma que tem garantida a ordem protetiva, dando na prática uma efetividade a essa decisão judicial, mas também buscamos soluções interagindo com os órgãos [rede de proteção] realizando encaminhamentos, pois não é só o problema da mulher, há um desdobramento familiar”, afirma
Onde denunciar: Creas, Cras, Secretaria Municipal, Conselho Tutelar e até mesmo nas escolas.
Atendimentos
- 74 medidas protetivas
- 765 visitas preventivas realizada às vítimas
- Mais de 50 agressores visitados
- 78 mulheres em acompanhamento
- 166 não necessitam mais de acompanhamento