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Queimada destrói plantio de pesquisa do IFSC, em Lages
Uma queimada feita nas proximidades do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), no Bairro São Francisco, em Lages, fugiu do controle e atingiu a área experimental do campus, destruindo cerca de 30% da área de plantio. O acidente ocorreu no domingo (25) e, devido ao forte vento daquele dia, o fogo se alastrou e, por pouco, não atingiu casas de madeira nas proximidades.
De acordo com o diretor-geral do IFSC em Lages, Thiago Meneghel, ainda não se sabe quem ou aonde começou queimada. Ele ressalta que não é a primeira vez que uma queima descontrolada acontece nas proximidades do instituto, porém, esta foi a primeira vez que atingiu o terreno da instituição.
Agora, a direção vai acionar o Corpo de Bombeiros e a Polícia Federal (por se tratar de uma entidade da União), a fim de saber quais são os trâmites legais para tentar identificar e responsabilizar o autor.
Meneghel explica que a área experimental é o local onde ficam os plantios utilizados para estudo. “É onde nossos professores fazem pesquisas com frutas nativas da região, como a goiaba serrana e a uvaia, dentre outras atividades. A revolta e a tristeza dos professores é porque são muitos anos de trabalho que se perderam e vamos ter de recomeçar do zero.” Algumas das plantações destruídas existiam desde 2011.
Segundo Meneghel, quando o fogo atingiu o terreno do IFSC, uma das maiores preocupações dos servidores que estavam no local era que as chamas atingissem a área onde há pinus, pois este local é bastante próximo da cantina e da casa onde fica o sistema de gás.
“Nós tivemos prejuízo com a perda no nosso material de pesquisa, e isso é muito triste para professores que trabalharam por anos ali. As pessoas têm que tomar cuidado ao fazer fogo próximo a locais como este, porque poderia ser um desastre muito maior.”
Além do prejuízo na plantação, o fogo também provocou perdas financeiras. A tubulação utilizada para irrigação do terreno e parte da estrutura dos açudes também foram consumidas pelas chamas. “É muito difícil fazer um cálculo preciso do impacto financeiro. A gente vai ter que refazer tudo, tubulação, plantações”, completa.