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Qualidade do leite em discussão no 8º Congresso Brasileiro

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Foto: CAV/Udesc/Divulgação

A qualidade do leite é tema central da oitava edição do Congresso da Brasileiro de Qualidade do Leite, que acontece em Lages até sexta-feira (13). Organizado pelo Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite (CBQL), o evento está sediado no Centro Serra. A plateia conta com pessoas ligadas à cadeia leiteira de várias regiões do país, com a participação de palestrantes de renome no setor, vindos de diferentes regiões do Brasil e até do exterior.

O congresso é o evento científico mais relevante do setor no Brasil e reúne mais de 500 participantes, além de expor mais de 130 trabalhos na área de qualidade do leite, com os resultados mais recentes de pesquisas. Entre os palestrantes confirmados, estão nomes respeitados no cenário nacional e mundial.

O diretor da Epagri, o médico veterinário Vagner Miranda Portes, explica que o congresso está debatendo os mais diversos temas relacionados à qualidade do leite e seus derivados, desde a produção até chegar à mesa do consumidor.

Vagner comentou que este é um momento propício para discutir o assunto, isso porque está em curso a implementação das novas regras que tratam da produção e armazenamento de leite cru. As medidas estão previstas nas instruções normativas 76 e 77. Elas trazem mudanças na contagem de bactérias, uso de antibióticos e recepção do produto na indústria.

De acordo com o Ministério da Agricultura Mapa, as mudanças das regras visam, fundamentalmente, a aumentar a qualidade do leite e a abrir o mercado externo para o produto. Atualmente, o Brasil exporta cerca de 1% de toda a produção para mercados menos exigentes.

Com as novas normas, o plano é expandir a venda para países mais exigentes. “As mudanças são muito boas. Elas vão padronizar e normatizar a produção do leite, agregando valor ao produto. O setor só tendo a ganhar”, destacou Sérgio.

O temor do setor produtivo é que as normativas acabem aumentando os custos de produção, e o leite fique mais caro para o consumidor. Sérgio explicou, porém, que as mudanças tratam apenas de adequações de higiene e manejo de ordenha, não precisando que produtor realize investimentos para se adequar. 

Temas de relevância

Durante o congresso, serão abordados temas de grande relevância para determinar a qualidade do leite, tais como a saúde da glândula mamária, qualidade do leite em condições de estresse térmico, na produção orgânica e em condições de confinamento; relação da qualidade do leite com o rendimento industrial e com a produção de produtos lácteos artesanais; controle de resíduos tóxicos no leite; além de uma visão sobre a qualidade do leite na era 4.0 e debates sobre o futuro dos programas de qualidade do produto em função das novas normativas brasileiras.

André Thaler Neto, presidente da CBQL, destaca que a qualidade do leite no Brasil passa por um momento de grandes transformações, principalmente considerando-se a recente publicação de novas normativas para a área no país. “O Conselho Brasileiro de Qualidade do Leite (CBQL), que tem como missão promover a qualidade do leite e derivados, quer contribuir para este debate”, disse ele.

Minicursos

A programação do congresso incluía dois minicursos, que foram realizados na Udesc Lages, na quarta-feira. O minicurso “Programas de autocontrole nas indústrias de laticínio – Plano de qualificação de fornecedores de leite em conformidade com as INs 76 E 77”, e “Como usar a cultura na fazenda no controle da mastite e uso racional de antibióticos?”.

Programação

12/09 (quinta-feira) – Centro Serra Convention Center, das 8h às 18h30

13/09 (sexta-feira) – Centro Serra Convention Center, das 8h às 12h30

 

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