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Problema de moradores de rua é nacional

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Lages, 31/05/2010, Correio Lageano

 

As falhas na rede de atendimento à população de rua não são uma exclusividade da cidade de São Paulo. As mesmas pessoas que criticam as políticas públicas para moradores de rua da prefeitura paulistana também lembram que situação semelhante pode ser verificada em praticamente todos os municípios do país.


“Não conheço nenhuma cidade que eu possa dizer que tenha um tratamento adequado”, afirmou em entrevista à Agência Brasil o coordenador-geral do Comitê Interministerial para Políticas para População em Situação de Rua, Ivair Augusto dos Santos.


Segundo Santos, não há no Brasil uma cidade que consiga integrar programas de saúde, de trabalho e de moradia voltados à população de rua. Para ele, a existência de uma coordenação entre os programas já solucionaria parte do problema Atila Pinheiro, coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua, ratifica a avaliação de Santos. Ele afirma que diversos casos de violência e maus-tratos a moradores de rua já foram relatados a ele por pessoas que viviam nas ruas de várias cidades.

A indiferença pode abalar a sanidade

A indiferença das pessoas para com o morador de rua, em alguns casos, como o de Robson César Mendonça, deixa-o triste e desesperançado. “É triste você estar na calçada, às vezes nem pedindo uma esmola, e ver que uma pessoa atravessa a rua só para não ter que olhar para você”, afirmou.
Mendonça morou três anos em albergues da prefeitura e mais três nas ruas de São Paulo. Conhece bem o que a indiferença da população acarreta no comportamento do sem-teto. “Isso faz com que você procure uma fuga da realidade. E isso muitas vezes é o álcool ou a droga.”
Hoje, ele é presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua em São Paulo. Combativo, cobra com fervor mudanças em políticas públicas voltadas para o morador de rua.

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