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Polícia Civil alerta para golpes por e-mail
E-mails estão sendo enviados no Estado usando o nome da Delegacia Virtual para aplicar golpes e fraudes na internet. As mensagens eletrônicas falsas foram relatadas à Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e estão sendo investigadas.
Segundo o diretor de Inteligência da Polícia Civil, delegado Alfeu Orben, os golpistas mandam e-mails solicitando o comparecimento dos internautas em razão de ter sido gerada uma suposta queixa crime em seu CPF e e-mail.
Os estelionatários, então, pedem ao internauta para clicar em links enviados para obter mais informações sobre data e local do comparecimento da intimação. Assim, caso haja o clique, os golpistas acabam acessando os dados virtuais do computador ou do telefone da pessoa.
O texto também traz erros, como o endereço do e-mail. “Trata-se de um golpe em nome da delegacia virtual, pois o domínio que aparece no email delegaciavirtual@policialcivil.gov.br) não é o verdadeiro”, analisa o delegado. Ele orienta as pessoas que receberem este e-mail a não abrirem as mensagens e nem clicarem nos links.
Uma outra orientação é encaminhar o e-mail para a Polícia Civil no seguinte endereço: dpvirtual@pc.sc.gov.br ou registrar um boletim de ocorrência. A Polícia Civil alerta ainda que não envia, aleatoriamente, e-mail de intimação. A não ser que haja autorização prévia da pessoa a ser intimada.
Mais de 12 milhões de pessoas sofreram fraude
Sejam consumidores, empresas ou governos, as fraudes financeiras representam um risco para a segurança de diversos setores da economia. E com o avanço tecnológico, as oportunidades e os métodos para fraudar também vêm se tornando cada vez mais sofisticados, causando danos financeiros em um número cada vez maior de pessoas.
De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 46% dos internautas brasileiros foram vítimas de algum tipo de golpe financeiro nos 12 meses anteriores ao estudo, o que equivale a um universo aproximado de 12,1 milhões de pessoas.
Pouco mais da metade (51%) dos entrevistados afirma ter sofrido algum prejuízo financeiro com a fraude, sendo o valor médio do dano de R$ 478,00. A estimativa é de que o prejuízo total decorrente de fraudes financeiras nos 12 meses anteriores à pesquisa chegue em torno de R$ 1,8 bilhão.
Dentre os fatos que antecederam a fraude, a pesquisa revela que os mais comuns foram perda de documentos pessoais (24%), roubo, assalto ou furto (21%), perda de cartão de débito ou crédito (18%) e fornecimento acidental de dados pessoais para terceiros por telefone, e-mail, WhatsApp ou em sites (13%).
Considerando aqueles que disseram ter fornecido acidentalmente dados pessoais ou cópias de documentos pessoais para terceiros, 40% cadastraram seus dados em sites falsos de promoção, 39% se inscreveram em suposta vaga de emprego, 22% realizaram compra em site falso sem perceber, 21% receberam um contato telefônico de uma pessoa se passando por funcionário da instituição financeira, 18% receberam notificação falsa para quitação de débito e 18% receberam falso e-mail de banco ou empresa pedindo atualização de dados cadastrais ou bancários.
Maioria das vítimas mora no Sudeste
As vítimas de fraudes financeiras estão distribuídas quase que igualmente entre mulheres (53%) e homens (47%). A média de idade de 37 anos. Considerando a renda familiar, os entrevistados estão divididos em três intervalos principais: 23% ganham de R$ 999,00 a R$ 1.996,00, outros 22% de R$ 2.995,00 a R$4.990,00 e 20,5% recebem de R$ 1.997,00 a R$ 2.994,00. Pouco menos da metade reside no Sudeste (47%) e 23% estão no Nordeste.
Após vivenciar a fraude, 30% tiveram o nome negativado e 52% relatam estresse. Três em cada dez vítimas tiveram o nome negativado (30%) devido a fraude sofrida. Os problemas decorrentes podem afetar o acesso ao crédito do consumidor, e até mesmo ocasionar consequências emocionais e para a saúde.