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Pais de suspeito de matar o sogro responderão por coautoria

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Crimes aconteceram no dia 14 de outubro, no Bairro Beatriz - Foto: PM/ Divulgação

Lucas da Silva Pereira,19 anos, suspeito de matar o sogro Sebastião Oliveira Alves, de 67 anos e ferir a própria esposa Rosemere Oliveira Donato Alves, 20 anos, está recolhido no Presídio Regional de Lages a disposição da justiça.

Os pais do jovem, Jorge Idelson Pereira, 43 anos; e Leila de Jesus Oliveira da Silva, 36 anos; acusados de coautores, também estão presos. O trio se apresentou com o advogado na tarde de sábado (26), na Central de Polícia. 

A Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher, Criança, Adolescente e Idoso (Depcami) é a responsável pelo caso. A equipe da delegada Luciana Rodermel investiga os crimes.

A criança de cinco meses, filha do casal, a princípio estava nesses 13 dias, desde que ocorreram os crimes, com a tia paterna e foi levada à delegacia junto com o pai e avós.  O Conselho Tutelar foi acionado e acompanhou a entrega dela para a mãe.

A delegada Rodermel já requisitou os laudos ao Instituto Geral de Perícias (IGP) e só vai se pronunciar quando tiver interrogado os réus, pois depende destes documentos para dar seguimento à investigação. Ainda há alguns pontos a serem elucidados e isso a delegada deve descobrir durante os depoimentos do trio.  

Acusação

Os crimes aconteceram na manhã do dia 14 deste mês, na Rua Martiminiano Sales de Almeida, no Bairro Beatriz em Lages. Sebastião Oliveira Alves foi morto a facadas e Rosemere, ferida nas costas e abdômen, permaneceu por dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora do Prazeres (HNSP). O casal, segundo testemunhas, havia brigado na noite anterior. 

A jovem decidiu ir para a casa dos pais. O marido ficou com criança. Na segunda-feira pela manhã, Rosemere saiu com seu pai, Sebastião, e enquanto caminhavam pela rua, Lucas da Silva Pereira, de 19 anos, os teria atacado com uma faca. O agressor fugiu em um veículo Fiat Uno, pertencente a seu pai. No carro, estavam a mãe do autor e o filho do casal. Eles estavam foragidos desde a data dos crimes.

Defesa

De acordo com o advogado criminalista, Paulo Tasior, que defende o trio, os fatos são diferentes do noticiado pela mídia, principalmente em relação aos pais. “O rapaz tinha uma relação conturbada com a mulher. Os dois discutiram na noite antes dos fatos e a mãe disse que não queria a criança e ele a levou. No dia seguinte os pais (Jorge e Leila) estavam levando o filho para uma reconciliação. Houve desentendimento entre o casal (Lucas e Rosemere). Os pais não têm envolvimento no crime, a não ser pelo fato de terem tirado o filho daquela situação, o que seria uma conduta normal no intento de protegê-lo, tendo em vista que familiares das vítimas moram na vizinhança e temiam pela vida do rapaz. Os pais tentaram intervir e evitar a tragédia e não foi possível. A mãe do rapaz estava fora do carro com a criança no colo e o pai no banco. Eles não tiveram tempo hábil de evitar ou fazer qualquer coisa”, explica o  advogado ao reforçar que os fatos não se passaram como estão falando. 

“O rapaz teve uma agressão antes e teve uma motivação para que reagisse dessa forma. Não foi do nada, chegou e agrediu a mulher”, assegurou.  Com relação aos outros fatos, o defensor preferiu omitir os detalhes, disse apenas  que espera terminar o inquérito e vai manifestar-se no decorrer do processo. “Mais informações interessam ao processo e podem comprometer o trabalho”, resume.

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