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Orlei Correia (PMN) candidato a deputado federal

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Correio Lageano: O seu partido não tem candidato a presidente da República. No estado, está coligado com o Patriota, de Jessé Pereira, mas o seu partido chegou a conversar com o PSL do Carlos Moisés. PMN e o senhor estão pedindo votos para qual candidato a presidente?

Orlei Correia: O partido fez uma coligação com o Patriota, mas a maioria dos candidatos ficou sabendo de última hora. Eu sou um político independente e, infelizmente, para participar do processo eleitoral temos que estar vinculados a um partido. Não estou apoiando nem governador A, nem B, porque minhas ideologias são totalmente diferentes dos que aí estão. Para presidente, o PMN, não sei para qual candidato está pedindo votos. Eu estou indeciso, entre Bolsonaro e Álvaro Dias. Minha decisão será em sete de outubro.    

O senhor quer ser deputado federal, imagino que tenha acompanhado as discussões do Congresso Nacional. Se estivesse, em 2018, na Câmara dos Deputados, qual projeto o senhor destacaria como importante?

A Reforma da Previdência, no meu ponto de vista, é um projeto amplo e de importância para a sociedade. Tem alguns pontos que devem ser debatidos e discutidos, voltados à classe social, não à classe de determinados grupos de indivíduos que se aproveitam do sistema para se manter no poder. Meu objetivo principal, se estivesse lá, seria avaliar bem a Reforma da Previdência, que é de suma importância para a classe comum.

O senhor nunca foi eleito para cargo político, e é candidato a deputado federal por um partido pequeno. O senhor acha que tem chance de ser eleito?

Se compararmos em estrutura financeira e o tempo de TV, não tenho a mínima chance. Não sou muito conhecido, porque não utilizo dinheiro do contribuinte para fazer campanha eleitoral. Se fizermos uma análise globalizada e voltarmos algumas eleições, constatamos que o político tradicional utiliza o dinheiro do contribuinte para fazer campanha. É fácil pegar 2 ou 3 milhões de reais, do nosso bolso, e colocar  100, 200 ou mil cabos eleitorais na rua para buscar o voto do eleitor. Infelizmente, grande parte da sociedade não tem conhecimento específico de causa, de curto, médio e longo prazo. Muitos eleitores se vendem por miséria, inclusive, por cesta básica ou litros de gasolina. Por isso, nosso sistema não muda. Temos de colocar pessoas novas, independentemente se for eu ou outro candidato. O foco da minha campanha é mobilizar, conscientizar e instigar o eleito a votar em pessoas  novas, para não reelegermos ninguém. Gostando ou não, todos iremos pagar a mesma conta. Tu acha justo, um candidato que já foi deputado, se perpetuar no poder? Nesta campanha, já estou satisfeito. Lancei um desafio aos candidatos para se comprometerem, não de boca, e quero reforçar. Você candidato a deputado federal e estadual, se comprometa a doar uma parte do salário para um projeto social, de minha criação juntamente com um grupo de universitários e professores, em prol da população carente. Até o momento, teve só dois candidatos que aceitaram esse desafio. Estou fazendo uma campanha para os que querem se manter no governo, para que sejam deputados voluntários a partir de 2019. Se conseguirmos colocar o máximo de candidatos novos, temos chances de iniciar uma mudança que tanto almejamos. Ao contrário, nada vai mudar e será mais uma campanha em que seremos usados como fantoches.

Por que o senhor acha que deve ser eleito?

Primeiro porque sou o candidato mais barato. Até o momento, o único que se comprometeu a doar 60% do salário. Muitos vão dizer que é demagogia. Demagogia é um candidato vir aqui fazer mil e uma promessas que não vai cumprir, porque depende de apoio dos demais representantes. Sou novo, não tenho vínculo com partido político nenhum. Infelizmente, para participar do processo eleitoral, temos de estar vinculados a um partido político. Só poderemos mudar se entrarmos na Câmara dos Deputados. Segundo, sou um trabalhador comum, ex-operário, militante estudantil, militante sindical e um cidadão como você. Não tenho dinheiro para comprar o seu voto. Meu trabalho está sendo feito, voluntariamente, com um grupo de pessoas que acredita em mim. Caso não queriam votar em mim, pelo amor de Deus, não reelejam ninguém. E não adianta votar branco ou nulo achando que vai anular a eleição, isso é mito. Sou universitário, acadêmico de Direito e formado em Segurança no Trabalho. Tenho um grupo de pessoas capacitadas para me auxiliar, caso eu ganhe, por um milagre de Deus.

O Correio Lageano publica uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal dos municípios da Serra Catarinense. Essas entrevistas acontecem sempre às terças e quintas-feiras às 10h30 e às 14h30, ao vivo, pelo Facebook do jornal, no CLentrevista nas Eleições.

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