Variedades
Música na Serra está consagrado no circuito catarinense
O concerto de encerramento do Festival Internacional Música na Serra, que aconteceu no sábado (27), estava marcado para ter início às 20 horas, mas o público já formava filas para entrar no Teatro Marajoara pelo menos uma hora antes. A expectativa era grande para acompanhar o último dia do evento, que já está consolidado e é um dos mais prestigiados pelo público em geral, no interior de Santa Catarina.
Os sete concertos noturnos, que aconteceram entre domingo (21) e sábado (27), foram com a casa cheia. Na noite de encerramento, a farmacêutica Talita Elisa Berté, 36 anos, chegou cedo com a família para garantir um bom lugar, próximo ao palco. Ela e a filha Cecília, de 7 anos, o marido Eduardo, 36, e a enteada Maria Eduarda, 18, assistiram a um concerto do Música na Serra pela primeira vez.
“A gente viu sobre o evento na televisão, achamos interessante e decidimos conferir. É importante absorver cultura e ouvir música clássica, para mudar um pouco do que a gente anda acostumado. Também viemos para trazer a Cecília, que toca violão, para ela conhecer”, comenta.
Ao todo, foram sete noites de concertos no Teatro Marajoara, 13 dias de atividades, 19 concertos sociais e acadêmicos e 16 master classes. A sétima edição do Festival Internacional Música na Serra levou ao municipal cerca de três mil pessoas, que prestigiaram apresentações.
Para a diretora executiva do evento, Edite Moraes, a 7ª edição do Música na Serra superou as expectativas. “Tivemos casa cheia todas as noites e uma grande repercussão em toda a região. Isso nos move a pensar em um evento muito mais amplo e muito mais cheio de atrativos para 2020”.
Para Edite, o resultado da realização de concertos nas cidades de Bom Retiro, Urupema e São Joaquim, e a parceria com o Quarteto Coração de Potro, que inseriu a música nativista no evento, formam o auge desta edição.
“As pessoas estão se acostumando com o Festival nessa época do ano, é um atrativo que os turistas têm procurado. As pessoas estão vivenciando mais e pegando o ritmo. A parceria com o quarteto foi fantástica, o grande diferencial foi unir o nativismo com o clássico e mostrar para as pessoas o quanto que isso nos aproxima e faz com que todo mundo possa aproveitar”, avalia.
Autoridades prestigiaram evento
Consagrado como um dos mais renomados eventos de música do Estado, o Música na Serra atrai um público de anônimos, mas também de autoridades. O prefeito Antônio Ceron e o vice Juliano Polese prestigiaram o encerramento. “É mais um evento que enfim se consolida no calendário cultural e turístico da nossa região, e neste ano com inovações, abrangendo outros municípios além de Lages. Tivemos o Marajoara a semana toda com um público maravilhoso e shows espetaculares”, comenta Ceron.
A deputada federal Carmen Zanotto também esteve presente e falou sobre a importância do evento. “Não tem mais como a gente imaginar Lages e a região sem o festival, esse evento que nos traz outra cultura, que nós aprendemos a admirar e gostar.”
Para Carmen, a Lei Rouanet é muito importante e contribui para a manutenção e ampliação do evento. “A gente precisa fazer com que a lei se volte cada vez mais para os médios e pequenos espetáculos e para iniciativas fora do grande eixo cultural do Rio e São Paulo. A Lei tem o objetivo de co-financiar estes eventos porque vai na busca de incentivo junto às empresas, que viabilizam a realização. Se não tivéssemos esta lei, provavelmente não teríamos o festival, porque seria inviável o seu financiamento e trazer todos esses talentos para a nossa cidade”, completa.
Música na Serra em números
Alunos
- 100 alunos bolsistas
- 57 alunos não bolsistas
- 70 alunos no coro infanto-juvenil
- 48 alunos no coro adulto
Público
- 3 mil pessoas nos concertos noturnos
- 350 pessoas nos concertos sociais
- 600 pessoas nos concertos acadêmicos
Concertos
- 7 noturnos
- 8 concertos sociais
- 11 concertos acadêmicos (sendo três fora de Lages, nas cidades de Bom Retiro, Urupema e São Joaquim)