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Moradores denunciam arbitrariedade, Polícia Militar nega

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Morador tem sinais de balas de borracha - Foto: Divulgação

 

Segundo moradores do Bairro Santa Cândida no começo da madrugada do último sábado, policiais militares estiveram na casa deles, na rua Eurácio Zanoni para verificar denúncia de som alto. No local havia cinco adultos e seis crianças.

Eles relatam que dois policiais pediram para baixar o som, que não estaria tão alto. Mesmo assim, levaram a caixa de som para dentro da casa e baixaram o volume.

Entretanto os policiais não foram embora, e segundo comentaram, logo eram quatro viaturas e 12 policiais.“Todos com armas em punho entraram na residência. Acordaram as crianças e atiraram contra o Giovani Pereira da Rosa com bala de borracha em três regiões diferentes do corpo. Aqui ninguém tem passagem pela polícia. Todos são trabalhadores”, explica Juliana Aparecida de Oliveira, esposa de Giovani.

O homem fez boletim de ocorrência (BO) e exame de corpo de delito na segunda-feira. Os envolvidos vão entrar com representação contra os policiais, pois se sentiram acuados. Durante a abordagem, de acordo com Juliana, uma mulher que estava na casa levou um tapa do policial quando quis pegar o filho.

“Os policiais não deixaram tirar as crianças da casa e eles viram toda a ação dos militares, inclusive viram Giovani apanhar e ser levado preso. Eles usaram palavrões, como Nego Vagabundo”, conta Juliana.

Outra versão dos fatos

O comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Alfredo Nogueira, explica que a PM recebeu quatro ligações pedindo a intervenção de som alto e que uma guarnição se deslocou para o local. Os policiais foram agredidos e foi necessário  chamar uma segunda viatura, ou seja, quatro policiais atenderam a ocorrência.

Ainda de acordo com o comandante, conforme relato dos policiais, todos os adultos estavam alcoolizados e um dos envolvidos na “confusão” que estava na casa, depois que viu Giovani ser preso foi até a casa de um vizinho acreditando ser um dos delatores da perturbação de sossego e quebrou o portão, vandalizando a casa.

Giovani foi preso pois resistiu a prisão. Ainda conforme a PM, Giovani tem passagens pela polícia por desacato, ameaça, a homem, mulher criança e adolescente em Lages e inclusive tem registro em outro Estado.

A perturbação de sossego é uma das ocorrência mais corriqueiras. Esse ano foram atendidos 2.299 casos. E ano passado 6.601, uma média de sete por dia. Os finais de semana o número de intervenções aumentam.