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Monumento será modificado e ficará em outro ponto da praça
O Instituto de Arquitetos do Brasil, de Lages (IAB), promoveu uma reunião na quinta-feira (5), com o objetivo de solicitar a manutenção de algumas características da Praça João Ribeiro, que passa por obras de revitalização.
A iniciativa foi de Rafael Marcos Zatta Krahl, vice-presidente do órgão, que reuniu, no Centro Cultural Vidal Ramos, acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo, das universidades de Lages, professores e autoridades. Mas os pedidos não foram acatados.
O secretário de Planejamento e Obras, João Alberto Duarte explicou que as árvores serão mantidas. “A calçada será substituída por pedra basalto, a mesma da Praça João Costa. A Iluminação será em led. O estacionamento em frente à Secretaria de Assistência Social será retirado para dar mais espaço aos pedestres.”
Em relação ao monumento em homenagem ao ex-presidente Getúlio Vargas, instalado na praça em 1958, João Alberto afirmou que ele será transferido para a lateral da praça, ou seja, olhando-se de frente para a Catedral, ficará ao lado esquerdo. “O prefeito Ceron conversou com João Preto (arquiteto que idealizou o monumento), e será elaborado um novo projeto com relação a estrutura do monumento.”
A roda de conversa contou com cerca de 40 pessoas. Dentre elas, além de João Alberto, participaram João Preto Argon de Oliveira (o idealizador do monumento); a arquiteta e professora, Lillian Fabre; o antigo secretário de planejamento e obras, Jorge Raineski e o diretor de urbanismo e planejamento, Roberto Provenzano.
As principais solicitações feitas na reunião foram no sentido de preservar o piso pintado com a imagem de uma araucária e o monumento, que segundo eles necessita apenas ser restaurado.
Segundo Rafael, o objetivo principal do encontro foi debater ideias e criar um canal de discussão com o poder público, envolvendo a comunidade na participação das decisões.
“Muitas vezes, as coisas vem de cima e simplesmente aceitamos”, comenta Rafael. Para ele, a necessidade de diálogo com os órgãos públicos, surgiu após o ínicio das obras na Praça João Ribeiro. “A intenção da conversa é criar esse canal. Promover esses encontros entre poder público, profissionais e estudantes da região serrana com a comunidade.”
Por não serem obras de infraestrutura, como por exemplo a construção de um asfalto, e sim obras que mexem com a história da sociedade lageana, Rafael ressalta, que deve haver sensibilização, não apenas entre os estudantes e profissionais da área, mas sim em toda a comunidade.
“A demolição infelizmente vai acontecer com a o argumento de que outro monumento será feito. Precisamos muito evoluir o conceito de coletividade e a forma como o patrimônio lageano vem sendo tratado”, conclui.