Política
Metade dos vereadores de Lages se filiou a outros partidos
A articulação política perdeu um pouco o foco por causa do combate ao coronavírus e do período de quarentena. Até porque se desenha um cenário político e econômico de incertezas. Mesmo assim, houve uma movimentação intensa entre políticos de Lages, que será conhecida na hora da montagem das nominatas.
Na Câmara de Vereadores de Lages, dos 16 representantes, oito deixaram seus partidos. Thiago Oliveira (MDB) e Jair Júnior (PSD) acabaram indo para o Podemos; Samuel Ramos (PSD) está hoje no Democratas; Lucas Neves (PP) e Bruno Hartmann (PSDB) e Luiz Marin (Progressista) estão no PSL, juntamente com o vereador Ivanildo Pereira (PL). Já Amarildo Farias (PT) se filiou ao PDT.
Agora é esperar a nominata de candidatos
Apenas a decisão de Ivanildo deve ser considerada uma surpresa, já que não se previa sua saída do PL. A expectativa agora fica por conta da listagem de candidaturas dos partidos. O PSD e o PP vão apostar em quem está na linha de frente da administração, aproveitando a visibilidade natural que obtiveram nestes três anos para compor o esquadrão de frente desta campanha eleitoral.
Cinco da equipe de Ceron vão concorrer: Agnelo Miranda, Odila Waldrich, Jean Pierre, Jean Felipe e Delfes. E ai estarão alguns que nunca antes estiveram expostos ao crivo eleitoral, com exceção de Jean Pierre.
O MDB mantém em sigilo os nomes dos novos filiados que vão compor sua nominata de candidatos a vereador. Mas já informa que são 12 nomes somente de mulheres, sendo que destas, pelo menos nove vão concorrer. E já antecipa que nenhuma delas é “laranja”, são candidaturas para valer!.
Amarildo Farias _ Eleito com 940 na última eleição o vereador Amarildo Farias deixa ao PT para entrar no PDT. Sua escolha se deu por causa
da identificação partidária de esquerda e porque busca a reeleição. “Vou continuar defendendo as mesmas bandeiras” , disse ele ao destacar que teve vários convites de outros partidos, inclusive para ser presidente do PSB em Lages. Amarildo já ocupou cargo público na gestão de Elizeu Mattos. Com a saída dele, o PT fica sem representatividade na Câmara de Vereadores. No PDT fará companhia de oposição com o vereador Osni Freitas (Bugre)
Luiz Marin_ Em sua terceira vez como vereador, uma pelo MDB (1989-1992) e duas pelo Progressistas (2013-2020), o vereador Luiz Marin anunciou filiação ao PSL. Ele afirma que teve convite pessoal do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, e também do presidente estadual do partido, Fábio Schiochet.
Marin, que também já teve participação ativa no poder executivo, explica que permanecerá com a mesma postura, independente e defendendo interesses da comunidade. Sobre eleição, acredita que é muito cedo para afirmar ser postulante, porém, disse ter o sentimento de missão cumprida na vida pública. “Ainda há muito tempo para decidir meu futuro”, argumenta. Com a sua saída do Progressistas, o partido fica sem representatividade na Câmara de Vereadores.
Nova formação das bancadas
Oito dos 16 vereadores anunciaram troca de partido. E assim ficou formatada a nova composição na Câmara de Vereadores de Lages. Proporcionalmente o partido que mais perdeu na Câmara foi o PP, tinha dois e ficou sem nenhum.
PSL – passa a ter 4 vereadores (não tinha nenhum) – Lucas Neves, Bruno Hartmann, Ivanildo Pereira e Luiz Marin
MDB – tem agora 2 vereadores (tinha três) – Vone Scheuermann e David Moro
PSD – tem 3 vereadores (tinha cinco) – Aidamar Hoffer, Gerson dos Santos e Pedro Figueredo
Podemos – tem agora 2 (não tinha nenhum) – Jair Junior e Thiago Oliveira
PDT – tem agora 2 (tinha apenas um)
DEM – agora tem 1 (não tinha nenhum)
PPS – continua com 1 – Maurício Batalha
PSC – continua com 1 – João Chagas
PP – nenhum (tinha dois)
PT = nenhum (tinha um)
PSDB – nenhum (tinha um)
PL – nenhum (tinha um)
Prefeito de Lages Antonio Ceron anuncia mudanças no secretariado
O prefeito Antonio Ceron e o vice Juliano Polese realizaram, na tarde desta sexta-feira (3), uma videoconferência com os secretários, secretárias e executivos municipais. Uma das pautas foi a confirmação da mudança de titularidade em algumas Secretarias Municipais devido à Lei Eleitoral que determina prazos para desincompatibilização de cargos públicos em comissão, visando às eleições municipais do ano de 2020.
“É um orgulho liderar essa equipe tão comprometida e competente. Aos que saem, em cumprimento aos prazos eleitorais, desejo todo o sucesso nos desafios. Aos que assumem, contem comigo, com o vice-prefeito Juliano Polese, com o colegiado e todos os servidores municipais, pois teremos muito trabalho pela frente”, comentou o prefeito Ceron.
Deixam os cargos Assumem Secretaria
Agnelo Miranda Eloi Ampessan Filho Procurador Geral
Eroni Delfes Rodrigues Fernando Amaral Secretaria de Meio Ambiente;
Jean Pierre Ezequiel Valdir Gobbi Secretaria da Assistência Social
Odila Waldrich Claiton Camargo de Souza Secretaria da Saúde
Jean Felipe de Souza Luiz Henrique de Souza Defesa Civil Municipal;
Júlio Borba Henrique Velho Procon
Prazo se encerra neste sábado
Neste sábado (4) se encerra o prazo para a troca de partido sem que os interessados que possuem mandado eletivo corram risco de perdê-los. Trata-se da conhecida janela partidária, oportunidade em que muitos se articulam para definir seus futuros políticos. Eles estão de olho nas eleições municipais de 4 de outubro, quando serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do Brasil,
O chefe da 21ª zona eleitoral de Santa Catarina e professor de Direito Eleitoral , Gilmar Duarte da Luz explica como funciona o processo de filiação partidária e a desincompatibilização de cargos públicos.
A filiação partidária deve ser feita diretamente com os partidos. A Justiça Eleitoral não tem nenhuma atuação nesse processo. A pessoa interessada em trocar de partido deve procurar o novo partido, que por sua vez deve alimentar o sistema interno de filiação partidária com os dados do novo filiado. Importante esclarecer que “Sempre vai prevalecer a última filiação partidária”.
Para os casos de desincompatibilização o prazo é o mesmo. O interessado deve deixar o cargo público que ocupa sob pena de se tornar inelegível. Essa providência deve ser adotada diretamente com o órgão público onde exerce a função.
São várias situações e diferentes os prazos para desincompatibilização, que poderão variar de três a seis meses. Interessante ressaltar que as dúvidas que o servidor público que quer se candidatar possuir, deve ser reportada a assessoria jurídica dos partidos políticos para que estas orientem seus pretensos candidatos.
“A Justiça Eleitoral, por força de disposição legal, não pode ser utilizada como órgão de consultoria e passar esses questionamentos”, explica.