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Mantega nega que governo tenha dado pouca atenção à prevenção de tragédias no Nordeste
Toronto (Canadá), 27/06/2010, Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem (26) que o governo tenha sido negligente com a Região Nordeste e que, por esta razão, as enchentes tenham provocado tantas vítimas em Pernambuco e Alagoas. Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva priorizou o assunto e optou por não participar das reuniões do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo e alguns emergentes) para acompanhar as medidas de socorro na região.
O ministro disse ainda que não falta dinheiro para apoiar as vítimas, nem para aplicar nas ações de reconstrução das comunidades atingidas. De acordo com Mantega, o mais urgente é garantir o “mínimo” às vítimas, como água, comida e abrigo.
“O presidente faz falta aqui [nas reuniões do G20]. Mas ele faz mais falta hoje no Brasil. É preciso uma ação rápida. Não é falta de dinheiro”, afirmou Mantega, que representa Lula nas reuniões do G20, em Toronto, no Canadá. “O mais emergencial é garantir água, comida e abrigo para a população. Ele [o presidente Lula] acha mais importante cuidar dos flagelados.”
No último dia 22, o governo federal liberou R$ 100 milhões para Alagoas e Pernambuco. Pelo menos metade deste valor foi encaminhada aos estados para os primeiros atendimentos à população. O restante será enviado ao final da análise dos danos causados na região. O estudo é elaborado pela Casa Civil.
Os recursos estão previstos na Medida Provisória (MP) 490, que destina R$ 1,2 bilhão para as áreas afetadas por enchentes. O objetivo é enviar ainda 75 mil cestas básicas. A Força Nacional de Segurança deixou 400 homens em alerta para operações em Alagoas e Pernambuco. A ideia é que os militares ajudem na segurança, no atendimento, na logística e na distribuição de alimentos. Eles também devem trabalhar também na reconstrução de pontes e na instalação de geradores de energia elétrica.