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Lageanos ainda não sabem descartar lixo eletrônico corretamente
Você nem descobriu todas as funcionalidades do seu smartphone e já surge no mercado um novo aparelho com mais itens e aplicativos que não imaginava poder existir, assim, aquele “velho” smartphone é deixado de lado para que a novidade possa ser usufruída, sem saber quais as consequências de um descarte incorreto pode ocasionar.
E é neste ponto que muita gente acaba pecando com o meio ambiente. Muitos não sabem quais os locais corretos para descarte e livram-se dos eletrônicos em locais a céu aberto. Para comprovar isso, basta caminhar nos focos de lixo em Lages e ver que a população não se conscientizou do descarte correto ou não sabe que a cidade possui uma empresa que dá o destino final correto para o lixo eletrônico.
Engana-se quem pensa que lixo eletrônico é apenas o celular. Os televisores, monitores de computador, geladeira, batedeira, entre outros itens, são lixos eletrônicos e devem ser descartados na empresa responsável pelo recolhimento.
Há aproximadamente cinco meses, a empresa Eco Centro Sul venceu o processo licitatório e tem por obrigação guardar, separar e destinar o lixo. O contrato com a prefeitura tem duração de um ano com valor médio de R$4 mil mensal.
O secretário de Meio Ambiente, Euclides Mecabô, explica que pela Política Nacional de Resíduos Sólidos a prefeitura tem como função o direcionamento correto, mas, por não ter condições e especialidades, terceirizou o serviço para garantir o cumprimento da política.
O crescente volume de lixo eletrônico, incluindo produtos descartados com bateria ou tomada, tais como celulares, laptops, televisores, refrigeradores e brinquedos eletrônicos, representam uma importante ameaça ao meio ambiente e à saúde humana, alertaram as Nações Unidas em dezembro de 2017.
O relatório “Global E-Waste Monitor 2017”, lançado por UIT, Universidade da ONU e Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, na sigla em inglês), enfatiza os crescentes volumes de lixo eletrônico e seu descarte e tratamento impróprios por meio de queimadas ou lançamento em lixões.
As baixas taxas de reciclagem podem ter impactos economicamente negativos. Em 2016, foi estimado que o lixo eletrônico continha depósitos de ouro, prata, cobre, paládio e outros materiais recuperáveis, cujo valor total era estimado em 55 bilhões de dólares.
Apesar da cidade ter o recolhimento gratuito, a proprietária da Eco Centro Sul, comenta que as pessoas ainda não estão acostumadas a procurarem a empresa para deixar os objetos.
O estabelecimento é especialista no assunto. As placas de vídeo, por exemplo, são separadas e enviadas para o Japão, já o plástico é destinado para o litoral catarinense. A empresa não cobra valores para buscar os itens em casa, é necessário apenas ligar e agendar, ou, ainda ligar para a Secretaria de Meio Ambiente e solicitar o recolhimento.
Além disso, há pontos de coleta distribuídos pela cidade, um deles é na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro da cidade. Mecabô enfatiza que o lageano caminha à conscientização, mas que falta muito para que todos descartem, não somente o lixo eletrônico, mas todos os resíduos sólidos de forma correta e solidária ao meio ambiente e a humanidade.