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Jovem pede uma bengala inteligente para cegos

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Foto: Marcela Ramos

Ana Paula Palhano Almeida, esse é o nome da personagem da história contada na carta da Árvore dos Desejos da CDL de Lages. Tudo começou aos seis anos de idade, quando Ana ainda podia ver a luz do mundo e tudo o que há nele.

Mas com o passar do tempo, a dificuldade para enxergar foi aumentando. Foi então que seus pais, José Ezequiel Wolff Almeida e Jandira Palhano decidiram leva-la ao optometrista. 

Ao analisar, o profissional percebeu que não se tratava de um caso de miopia, astigmatismo ou hipermetropia, mas sim um problema mais sério, e a encaminhou para um neurologista. Foi após a consulta, que o diagnóstico veio a tona, um tumor do tamanho de um “limão” estava em seu cérebro.

Depois da primeira cirurgia para remover o tumor, Ana perdeu a visão do olho direito. “O tumor estava em um local muito perigoso, e não conseguiram tirar tudo”, conta Ana. 

Ao total, foram sete cirurgias, mas foi na terceira, aos oito anos de idade que ela perdeu toda a visão. “Quando sai dessa cirurgia, eu já não podia ver mais a luz do mundo, estava ciente disso, os médicos me avisaram.”

Depois, ela enfrentou várias sessões de radioterapia e quimioterapia. E para pagar os gastos, os pais de Ana tiveram que vender os poucos bens que tinham. “Minha infância foi dentro de um hospital, não podia brincar com meus primos no Natal, porque os pontos da cirurgia ainda estavam cicatrizando”, relata. 

Hoje com 24 anos, Ana mora com seu esposo, Valentim Caetano Amelho, que sustenta a casa com sua aposentadoria. Eles moram em uma casa simples no Bairro Santa Catarina, e como se não bastasse a perda da visão, Ana é estéril, e seu maior sonho é ser mãe. “Sei que pedi várias coisas, mas meu maior sonho é ganhar uma boneca reborn”.  

Além da boneca, ela pede duas cestas básicas, uma para ela e outra para seu pai, que está doente. Também pede blusas tamanho M, calça tamanho 36, calçado 35, um bolo para comemorar o Natal, e o principal, uma bengala inteligente para cegos (com GPS).

A rua da casa, não é pavimentada, e por isso fica difícil para ela se locomover. Com a bengala inteligente, essa realidade pode ser diferente.  Além disso, Ana também falou do que gosta de fazer. “Gosto muito de cantar na igreja, ler e brincar com brinquedos interativos.”

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