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IGP vai preservar crânio encontrado pendurado em árvore
O gerente da 6ª Mesorregião de Perícia, em Lages, André Rodolfo Gargioni, confirmou que foi achado um crânio pendurado em uma árvore, na segunda-feira (24). Um morador que passava pela Avenida Ponte Grande, no Bairro Ferrovia, viu o crânio e acionou a Polícia Militar que, por sua vez, chamou o Instituto Geral de Perícias (IGP) e o Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com o gerente, há indícios que seja uma ‘peça’ humana. O material está em decomposição, porém não perdeu totalmente os tecidos musculares, o que aponta para o período de óbito entre seis meses a um ano. “Para se precisar o tempo de óbito, depende de diferentes circunstâncias: de até como estava enterrado e onde”, explica ele. Se o crânio estivesse no mato por exemplo, a decomposição seria mais rápida. Gargioni alerta que a identificação depende da investigação da Polícia Civil. Como não há material genético, não tem banco de dados e assim não se tem com o que comparar, podendo gerar uma situação insolúvel.
Por ora, o crânio vai ficar em preservação fria no IML. Há a hipótese de vandalismo porque a peça pode ter sido retirado de uma sepultura. “Não temos nada ainda. A peça vai ficar preservada e se não for identificada será enterrada como indigente”, explica. Outra situação que pode ser investigada é se alguém reclamar de vandalismo em túmulo de parente ou a Polícia Civil ter evidência de pessoa desaparecida nesse período. Se houve crime, tem que se fazer DNA e avaliar se o crânio tem sinal de trauma para que o delito possa ser corroborado. Partindo de suposto crime para elucidá-lo o material terá que passar por análise forense, na capital catarinense. “A investigação segue os trâmites protocolares”, finaliza.