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Governo libera R$ 20 milhões para obras de contenção de encostas na Serra do Rio do Rastro
O Governo Federal liberou R$ 20 milhões para obras de melhorias na Serra do Rio do Rastro. O documento foi assinado, na sexta-feira (12), dois dias depois de um ônibus ficar pendurado numa das muretas de proteção para o abismo da SC-390, na Serra do Rio do Rastro em Bom Jardim da Serra.
Os recursos serão liberados por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil e preveem obras de melhorias e de contenção de encostas. O secretário de Estado da Defesa Civil João Batista Cordeiro Júnior deu a boa notícia, em reunião no Eco Resort em Bom Jardim da Serra, que contou com as presenças de vários políticos.
O governador do estado, Eduardo Pinho Moreira, teve problemas com o voo e não pode participar do evento em Bom Jardim da Serra. Assim, recepcionou, em Florianópolis, os ministros Carlos Marun, da Secretaria de Governo, Vinicius Lummertz, do Turismo e o Secretário Nacional da Defesa Civil, Newton Ramlow, onde assinaram a liberação dos recursos do governo federal para execução do projeto.
A licitação para escolher a empresa que fará a obra será lançada na próxima semana. Em Florianópolis, ministro Carlos Marun salientou a importância tanto turística quanto econômica da rodovia, um dos ícones de Santa Catarina e disse que, as reivindicações do governo estadual sensibilizaram a presidência.
A Serra é o principal acesso entre o Litoral Sul de Santa Catarina e a região serrana. Premiada até internacionalmente, em função da sua beleza, ela também é considerada um dos principais pontos turísticos da Serra Catarinense.
A obra de contenção
Técnicos da Defesa Civil de Santa Catarina identificaram 25 pontos que deverão sofrer intervenção na Serra do Rio do Rastro. Vinte deles, estão localizados na parte sinuosa da Serra. Três na parte em asfalto e dois em Orleans, na região de Pindotiba, onde há recorrência de deslizamentos e quedas de blocos.
O assessor técnico da Defesa Civil de Santa Catarina que coordenou o trabalho, Humberto Alves da Silva, explicou que as obras terão impacto mínimo, para não ofuscar a beleza natural do local. Para a contenção foram escolhidas telas metálicas de alta resistência, que ficarão quase que imperceptíveis a quem deseja contemplar o trajeto. O material também é menos agressivo ao meio ambiente.
“Poderíamos optar por outros modelos de intervenção, mas optamos pelo que não vai causar uma agressão visual na paisagem. As telas estarão ancoradas na rocha sem que o usuário da rodovia perceba”, apontou o técnico.
O prazo de conclusão da obra dependerá das condições do tempo. O que se sabe é que uma obra desse porte terá um tempo de conclusão mais elástico. E antes de tudo, a prioridade é a segurança de quem estará executando os trabalho. A intervenção prevê o uso de guindastes, helicóptero e até alpinistas que serão responsáveis pela remoção de blocos na iminência de queda. Durante os trabalhos, pode haver alterações no trânsito da rodovia.
Fonte: Amures