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Google se desculpa por captar informações pessoais das redes sem fio
Washington, 11/06/2010, (EFE)
O Google se desculpou em carta enviada ao Congresso dos Estados Unidos por ter captado informações pessoais das redes sem fio em vários países, o que provocou críticas dos Governos.
Na carta enviada na terça-feira ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos EUA, divulgada nesta sexta, o Google reconhece ter captado "por acidente" dados das redes sem fio, mas garantiu não ter violado a lei.
"Insistimos na ideia de que seguir a legalidade e fazer o correto são duas coisas diferentes, e obter os dados de navegação (de particulares) foi um erro do qual nos desculpamos profundamente", afirma o diretor de temas de interesse público do Google, Pablo Chavez.
A origem do incidente está no serviço Street View, que o Google iniciou há três anos para dar uma visão panorâmica das ruas e edifícios, usando fotografias obtidas pelos veículos que mobilizou nas ruas.
Aparentemente, os veículos, ao circular pelas cidades retratadas, não só captaram imagens, mas também dados de navegação das redes sem fio que não estavam protegidas.
Alguns países protestaram contra a atuação. Na carta enviada ao Congresso americano, o site de buscas se mostra determinado a "aprender a lição".
Há poucos dias, o Google anunciou que transferirá às autoridades francesas, alemãs e espanholas todas as informações privadas coletadas nestes países.
Hoje mesmo, a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) se referiu ao assunto, em um blog corporativo assinado por Joel Gurin, chefe de assuntos governamentais do organismo.
Gurin explica que o comportamento do Google é "motivo de preocupação". Segundo ele, "sendo intencionalmente ou não, a captação de informações enviadas através das redes sem fio atenta contra a privacidade do consumidor".
Para a FCC, o incidente do Google deve servir de exemplo para os usuários, pois as redes sem fio "abertas" que não estão protegidas com senhas são vulneráveis a ataques cibernéticos.
Foto: (EFE)