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Gás natural será disponibilizado até outubro de 2019
A primeira fase da implantação da rede estrutural tem previsão de conclusão para metade de 2019, e a disponibilidade de gás para os clientes em outubro do mesmo ano. Presidente da SCGás, Cósme Polêse visitou na quinta-feira (6) as obras
A implantação das redes estruturantes/isoladas em Lages vão acelerar o projeto de ligação à rede principal antecipando a oferta e estímulo da demanda pelo gás natural no município. Assim, a primeira fase consiste na construção de trecho de gasoduto que pode ser abastecido por veículos que transportam gás natural comprimido ou líquido até o local de distribuição.
A Companhia tem investido na interiorização do insumo através do Projeto Serra Catarinense, mas a previsão é de que a chegada da rede principal a Lages ocorra a partir de 2020. Atualmente, Rio do Sul é o município mais à Oeste de Santa Catarina que possui oferta de gás canalizado.
A intenção da Companhia é que este modelo chegue em outras regiões de Santa Catarina distantes da rede principal, o que contribuiria com o processo de interiorização do gás natural no estado. Lages é a primeira cidade de Santa Catarina a contar com a rede estrutural.
Ao todo, devem ser implantados aproximadamente 25 quilômetros de gasodutos, com um investimento de R$ 11,3 milhões na primeira fase. Até o fim deste ano, a expectativa é que a rede esteja implantada nas ruas Bruno Luersen, Rodolfo Floriani, Avenida Edésio Caon e Avenida das Torres.
O restante da primeira etapa do projeto – que totaliza 11,8 quilômetros de rede – deve ser concluído até o meio de 2019, com a construção de gasodutos na Avenida Presidente Vargas, na Rua Major Bibiano Rodrigues de Lima, na Avenida Luiz de Camões e na Avenida Dom Pedro II.
Cósme Polêse destaca que a chegada do gás natural à Lages deve promover o progresso econômico e melhorar a qualidade de vida da população do município. “Mais do que a simples obra para implantação da rede de gás, este é um projeto de desenvolvimento permanente. Quando levamos o gás natural a uma região nova, toda Santa Catarina cresce. A universalização do gás natural é um objetivo muito claro nosso, e temos que acelerar este processo o máximo possível”, disse.
Além disso, Cósme afirmou que ter uma rede de gasoduto gera status para a cidade. “As pessoas têm que absorver , entender e assumir a inovação. Estamos fazendo buracos na avenidas mas não vamos destruir nada é para implantar o gás natural, um energético importante para geração de renda e emprego”, explica.
Para justificar a importância e a possibilidade de geração de postos de trabalho cita a Cebrace, indústrias de vidros planos que sondou a instalação de uma unidade em Lages e só não veio porque a cidade não oferecia o gás natural. Além disso garantiu que o valor será ao menos a metade do gás de cozinha.
Segunda fase
A segunda parte prevê a construção de mais 13 quilômetros de rede e ainda não tem cronograma definido. Uma estimativa inicial de mercado feita pela SCGÁS identificou que três indústrias, 167 estabelecimentos comerciais, 476 unidades residenciais e três postos de GNV podem ser atendidos após o término das duas etapas das obras – inicialmente, as redes estruturantes deverão receber aproximadamente 180 mil m³ de gás natural por mês.
Em Santa Catarina
A SCGÁS compra da Petrobras o gás natural que por sua vez, compra da Bolívia. O contrato de compra é até março de 2020. O Estado tem nove pontos de entrega. Os trabalhos em Lages seguem orientação da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Aresc) que permitiu a construção de redes estruturais porque a Companhia tem projeto para ligá-la à rede principal.
A rede isolada é inspirada em modelos usados em Portugal e no Rio de Janeiro. Antes da conexão, o projeto precisa passar por processos de finalização padrão, que vão desde a instalação de redes internas pelos clientes e a contratação de uma empresa para transportar o produto para a cidade.