Esportes
Flamenguistas não desanimam após derrota no Mundial
Unidos para torcer pelo Flamengo na final do Mundial de Clubes, contra o Liverpool, os torcedores coloriram a Praça João Costa, no Centro de Lages, de vermelho e preto no último sábado (21).
Apesar da derrota por 1 a 0 na prorrogação, os torcedores não se demonstraram desanimados e fizeram questão de relembrar os momentos de glória do clube, que foi campeão Carioca, Brasileiro, da Libertadores e da Flórida Cup em 2019.
A partida foi bastante equilibrada e o empate sem gols no tempo normal surpreendeu até os mais pessimistas, pois tanto o Flamengo, quanto o Liverpool, vêm de campanhas muito fortes em 2019.
Por vezes o Rubro-Negro se demonstrou superior ao adversário, porém, o time inglês entrou em campo com uma pequena vantagem sobre a equipe carioca: enquanto os brasileiros disputavam o último jogo da sua temporada, o Liverpool tinha muito mais fôlego, pois está apenas no meio da temporada europeia.
“Infelizmente não deu [o Mundial]. Porém esse foi um ano fenomenal, onde conseguimos muitas glórias. O objetivo principal foi conquistado e no final a vitória não veio, mas não dá para desmerecer todo o trabalho efetuado durante o ano. Saímos de cabeça erguida e, sim, vencedores em um momento muito bom [do time]”, avalia o micro-empresário Valney Santos Soares, 37 anos.
Jogo reuniu centenas na praça
A partida começou às 14h30, mas bem antes disso os torcedores já estavam na praça, onde a torcida organizada Fla-Lages instalou um telão para que os lageanos pudessem acompanhar o jogo, que aconteceu no Khalifa Stadium, em Doha, no Qatar. Vibrando juntos, entoando hinos e carregando seus amuletos, os torcedores puderam sentir a vibração de torcer pelo clube que amam na companhia de centenas de outros rubro-negros.
A estudante de medicina Letícia Neves Kloppel, 24 anos, assistiu à final da Libertadores, no dia 23 de novembro, em Lima, no Peru. “Foi a melhor sensação da minha vida!”, conta. Na final do Mundial, ela estava em Lages e levou a prima Maria Eduarda Neves, 9 anos, para assistir ao jogo na Praça João Ribeiro. “Viemos acompanhadas do padroeiro do nosso time, o São Judas Tadeu, que já estava comigo lá em Lima em deu sorte pro time”, lembra, mostrando o amuleto.
O torneiro mecânico Fabiano Alves do Nascimento, 34 anos, deixou o conforto do sofá de casa para trás para poder compartilhar a adrenalina de torcer pelo time do coração em praça pública. “É muito emocionante estar aqui e curtir o jogo, ver a galera e tomar uma cervejinha”, comenta ele, que estava acompanhado da esposa Ivone Assunção, 40 anos, e do amigo Michel Feron, 28. “Sou São Paulino e trouxe meu filho pra gente secar o Flamengo”, brincou Michel.
A dona de casa Nicole Bárbara de Barros, 20 anos, e o segurança Gersons Borges Teixeira, 28 anos, se reuniram com outros amigos para torcer assistindo ao jogo juntos. “A gente já veio [para a praça] quando teve a final da Libertadores e foi muito legal. O melhor de tudo é que é um evento bem sossegado, dá pra vir com a família porque não dá confusão”, comenta Gerson.
O capixaba Antônio Daniel dos Santos, 56 anos, estava de passagem por Lages no último fim de semana e, apesar de não ser flamenguista, aproveitou para assistir à final do Mundial na praça. “Sou botafoguense desde pequeninho, mas hoje precisava torcer pro Flamengo porque ele era o Brasil lá fora [no exterior]”, completa.