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Festa da Igreja Santa Cruz busca retomar a tradição

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Foto: Gislaine Couto

A tradicional festa da Igreja Santa Cruz está sendo resgatada, em Lages. Os festejos, que antes aconteciam por cinco dias, ocorreram no final de semana (05-06), na praça Siqueira Campos, com venda de churrascos, rifas e divertimentos populares, além de um brechó. O objetivo é reverter a renda para a reforma de salas de catequese. Em anos anteriores, a renda serviu para reforma do salão e troca do telhado.

No sábado, houve almoço no salão da igreja para mais de 260 pessoas e no domingo durante todo o dia, rifa, aviãozinho e pescaria, além de bingo e venda de bolos e pastéis. Também houve sorteio de prêmio em dinheiro.

Para organizar a festa, uma equipe de cerca de 35 festeiros trabalharam de quatro a cinco meses. O coordenador da festa, Nilson Machado, destaca que a festa teve uma pausa de alguns anos, e há cinco estão tentando resgatar essa tradição.

Um pouco da história

O pároco da Catedral Diocesana de Lages, Valdir Goedert, explica que o dia da Santa Cruz é comemorado em 3 de maio, que era quando se iniciava a festa e durava alguns dias. A festa era tradicional na cidade e teve início no final do século passado. Há alguns relatos que a festa se iniciava em primeiro de maio.
O padre explica que o monge João Maria, no final do século passado, quando passou pela região, plantou três cruzes, que simbolizavam luta contra a peste, a guerra e a fome. Ele explica que os monges não são reconhecidos pela Igreja Católica, mas são uma referência histórica para a cultura da festa.

O radialista Manoel Côrrea, o Maneca, foi denominado patrono da festa, por incentivar o retorno dos festejos. Ele relembra que nas décadas de 50 e 60, era um evento aguardado. “As moças mandavam fazer três vestidos, um para cada dia de festa”, conta.