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Feiras mostram o potencial da pecuária da Serra

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No ano passado, as feiras do Sindicato Rural de Lages movimentaram cerca de R$ 13 milhões - Foto: Paulo Chagas/ Divulgação

As feiras de gado na Serra Catarinense têm impulsionado a economia na região e estimulado o produtor a investir na qualidade do rebanho. Só no ano passado, foram 6 mil animais comercializados em eventos organizados pelo Sindicato Rural de Lages, no Parque de Exposição Conta Dinheiro, movimentando cerca de R$ 13 milhões, o que demonstra a força do agronegócio regional. As feiras expõem, basicamente, as raças britânicas como Hereford, Braford, Limosin e Angus.

Do ponto de vista econômico, segundo o presidente do sindicato, Márcio Pamplona, o dinheiro movimentado nas feiras permanece no município e é usado pelos produtores investirem ainda mais na melhoria da qualidade do gado. Além disso, o município também fatura com a arrecadação dos tributos, por meio da emissão de notas fiscais dos negócios realizados.

“O gado é vendido para as regiões do Litoral, Norte e Meio-Oeste do Estado. São produtores de outras regiões que vêm para cá, compram e, consequentemente, injetam dinheiro na economia da Serra. Os animais da nossa região têm um bom conceito, por isso, são bastante procurados pelos produtores de todo o estado”, afirma Pamplona.

Segundo ele, as feiras de terneiros e terneiras de Lages também têm evidenciado a melhoria genética do rebanho. “Na última feira, foram comercializados mais de 500 animais machos, com uma média de 270 quilos cada. Há 10 anos, o peso de cada animal não passava de 220 quilos”.

O sindicalista afirma que a gado da região é diferenciado e isso está se refletindo nas feiras. “A partir do momento que o produtor decide participar de uma venda pública, ele sabe que tem de oferecer um animal de qualidade, porque o comprador faz a opção pelo melhor. Então há um processo de melhoria dos animais que são levados para a venda pública”.

Programas de apoio à pecuária

Alguns programas foram decisivos para o crescimento da pecuária na região. Um deles, desenvolvido em todo o estado, é o Programa de Assistência Técnica Gerencial (ATeG). Criado em 2016 pela Federação da Agricultura e Pecuária de Estado (Faesc) em parceria com os sindicatos e outras entidades, o ATeG atende cerca de mil produtores em vários municípios do Estado, disponibilizando assistência técnica gratuita mensal.

Os produtores também estão investindo em melhoramento genético. Pamplona diz que a Faesc desenvolve, em parceria com o Sebrae, o projeto denominado Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF).

Já foram inseminadas 60 mil vacas em Santa Catarina, visando ao melhoramento genético das raças. “Na última feira realizada no sindicato, mais de 70% dos produtores eram integrantes deste projeto. Ou seja, os produtores estão investindo e obtendo resultados”.

Outro fator positivo para a pecuária da região diz respeito à exportação de terneiros vivos. Recentemente, o estado embarcou 5 mil animais, sendo que uma grande parte deles saiu da região serrana, com destino a Turquia, onde são terminados em processo de engorda e abatidos para a produção de carne.

No último dia 7, começou a aquisição de uma nova remessa de animais para destinar ao país europeu. “Isso está favorecendo os criadores não apenas da região, mas também de todo o estado”, finaliza Pamplona.

Calendário de leilões do Sindicato Rural de Lages

  • Dia 11/05 – Feira do Terneiro e da Terneira
  • Dia 13/05 – Feira do Gado Geral
  • De 8 a 13 de Outubro – Expolages
  • Dia 23/11 – Feira do Gado Geral
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