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Estrela de Michael Jackson volta a brilhar depois da morte
Los Angeles (EUA), 24/06/2010, (EFE)
A música transformou Michael Jackson em lenda, sua morte o tornou mito e por isso seu adeus, ao contrário de condená-lo ao esquecimento, representou o ressurgimento artístico de um excêntrico "rei do pop" que há anos estava afastado dos palcos.
O artista morreu no dia 25 de junho de 2009. Tinham passado 12 anos desde a sua última viagem internacional e oito desde o lançamento de seu último disco em estúdio, "Invincible".
Com a mudança de milênio, o cantor deixou de ser protagonista do seu talento e começou a encher as páginas dos jornais com suas polêmicas.
Suas relações com crianças, seus problemas nos tribunais por acusações de abusos, as aparições com seus filhos com a cabeça coberta e sua precária situação financeira foram os temas que o fizeram "notícia".
Já em 2009, a estrela de Michael se apagava e o substituto do "rei do pop" passava a ser procurado em figuras jovens como Justin Timberlake. Mas o criador de "Thriller" decidiu que tinha chegado a hora de voltar.
Em março de 2009, o artista anunciou seu retorno aos palcos com uma série de atuações em julho de 2009 em Londres, chamadas "This is It", um título que soava a despedida e com o qual Michael queria ressuscitar sua carreira.
Não demorou muito, os ingressos se esgotaram e ficou claro que o cantor, além de ter um grande número de admiradores, continuava sendo um fenômeno internacional. Sua repentina morte por intoxicação aguda de remédios enquanto preparava em Los Angeles seu retorno artístico não faria mais do que elevar seu legado.
Nos 15 dias seguintes a seu falecimento, foram vendidos mais de 2 milhões de discos nos Estados Unidos. No final do ano, esse número passava de 8 milhões, o que transformou Michael no artista que mais álbuns vendeu no país em 2009 em relação a cantores como Taylor Swift e Lady Gaga.
Depois da morte, ele se transformou novamente em uma máquina de fazer dinheiro, após vários anos de despesas desmedidas.
Segundo dados da revista "Billboard", desde junho de 2009 o "rei do pop" arrecadou ao redor de US$ 1 bilhão entre venda de discos, direitos autorais e outros contratos assinados pelo fundo que administra seu patrimônio.
Entre outros acordos, destacou o alcançado com a Sony, que foi autorizada a desenvolver dez novos projetos relacionados ao artista durante os próximos sete anos. Um deles será um disco com temas inéditos que ele tinha descartado em produções anteriores.
O álbum sairá em novembro com grandes expectativas de êxito no mercado.
O "rei do pop" foi diversas vezes ganhador de prêmios nos EUA desde que obteve seu primeiro disco de ouro, aos 20 anos, graças ao sucesso "Don't Stop 'Til You Get Enough" (1979).
No entanto, foi "Thriller" (1982) o trabalho que levou a carreira de Michael ao auge. O disco é a produção mais vendida na história dos EUA.
Foto: (EFE)