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Especialistas ensinam como usar plantas não convencionais na cozinha de casa

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Alunos se empenharam para fazer as receitas  - Foto: Bega Godóy

Agricultores familiares, cozinheiras da alimentação escolar, instituições do Programa Mesa Brasil, professores e acadêmicos de cursos afins participaram da programação do Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc).

As atividades, desenvolvidas por três especialistas, como a nutricionista Irany Arteche, de Porto Alegre Arteche; o  engenheiro agrônomo Nuno Madeira e o biólogo Valdely Kinupp. O biólogo é autor do livro Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc) no Brasil. Ele dedicou 12 anos de sua vida à pesquisa e catalogou 351 espécies na obra.

Foram quatro dias de cursos e palestras distribuídas por cinco módulos, no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Centro Cultural Vidal Ramos/Espaço Sesc e Udesc/Cav.

Roseli Bortoluzzi, da comissão organizadora, avalia como produtivos os encontros. “Um evento de grande importância para a região. Trouxe especialistas em botânica, horticultura e nutrição. Promoveu debate e reuniu informações para o uso de plantas, sobre a forma de cultivo, reconhecimento das espécies a campo e preparação de pratos com Panc”, explica.

Essa plantas estão disponíveis e são alimentos de fácil acesso que as pessoas precisam conhecer essas espécies para fazer um bom uso. Elas estão em quintais, em terrenos baldios e à beira das estradas.

“O evento trouxe a oportunidade de popularizar essas espécies de alimentos não convencionais”. argumenta. As Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc), dificilmente são encontradas em supermercados, nascem espontaneamente e, muitas vezes, são consideradas ervas daninhas.

Ao longo da semana, foram elaboradas diferentes receitas e utilizando,  praticamente todo dia, a mangará, conhecida como coração ou umbigo de bananeira, um ingrediente cedido pela empresa catarinense Bitten Fruit.

A folha de bananeira, por exemplo, foi usada como embalagem. Durante o encontro, segundo Roseli, foi evitado usar utensílios de plástico (talheres, copos e pratos) criando, assim, um evento sustentável. Cada dia tinha um cardápio diferente. 

Roseli salienta que a Udesc/CAV está trabalhando com programas de extensão com eventos que atendem à população lageana com assuntos que interessam tanto internamente como externamente. Para se ter uma ideia, essa primeira edição atraiu pessoas da região de Lages e até de fora do Estado.

Roseli destaca que a parceria entre o projeto Mesa Brasil/Sesc e o IFSC foi fundamental para o sucesso do evento.

O evento tem o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca; Secretaria Municipal de Educação; Klabin S/A; GTS do Brasil; Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão – Fiepe, da Udesc; Floricultura Garden Center; Arte Jardim Paisagismo e Projeto Mãe Terra do Sesc.

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