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Em Lages, entidades apresentam projetos em desfile cívico

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Foto: Adecir Morais

As comemorações de 7 de Setembro, em Lages, não serviram apenas para os participantes do evento colocarem em prática o sentimento de amor à Pátria. O ato, que reuniu milhares e pessoas, no último sábado (7), na Avenida Duque de Caxias para assistir ao desfile de 29 entidades, também serviu para as instituições mostrarem seus trabalhos e projetos. 

Os assuntos abordados foram variados e apresentados de diversas formas. Cada grupo, com maior ou menor ênfase, apresentou, com muita criatividade, os trabalhos e projetos desenvolvidos ao longo dos anos. Temas como inclusão, amor à Pátria, valorização da vida, violência, amor, respeito, solidariedade, preconceito, entre outros, foram destacados.

Integrantes do Programa de Atenção Psicossocial (Caps) infantil destacaram a campanha Setembro Amarelo, abordando a prevenção ao suicídio. Com faixas e cartazes e vestindo camisetas amarelas e calças pretas, eles desfilarem na avenida, chamando a atenção da população sobre o problema.

“Hoje estão acontecendo muitos casos de suicídios envolvendo pessoas de todas as idades. A nossa intenção é chamar a atenção da população para o problema e mostrar que existe o serviço de atendimento em Lages, porque muitas pessoas que precisam de ajuda não sabem a quem recorrer”, disse a coordenadora do programa, Cássia Broering.

Segundo ela, o programa, que é mantido pela Secretaria de Saúde, atende 170 pessoas de 0 a 18 anos. O público-alvo são os portadores de transtornos mentais e usuários de álcool e outras drogas. “Temos uma equipe técnica totalmente preparada para realizar os atendimentos, com dois médicos psiquiatras, terapeutas e psicólogas”, explicou. 

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Lages levou à avenida um pouco do projeto de equoterapia, que tem por objetivo auxiliar no tratamento de pacientes com necessidades especiais. O método terapêutico consiste no uso do cavalo como aliado na reabilitação do aluno portador de necessidades. O projeto existe há 17 anos e conta com a parceria da Polícia Militar.

Conforme o professor da Apae, Fabrício Matos, atualmente, 30 alunos da Apae são atendidos, totalizando um percentual de 70% dos atendimentos. Outros 30% dos atendimentos são destinados à comunidade em geral. O serviço é oferecido todas as sextas nas dependências da Cavalaria da Polícia Militar, e o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar. “A equoterapia é destinada para qualquer deficiência, e os resultados da terapia são positivos e satisfatórios. Em pouco tempo, a gente vê a evolução do aluno, tanto na parte de equilíbrio como social”, comentou Fabrício.

O Grupo de Escoteiro Guardiões do Parque, o primeiro grupo ambiental do Brasil, também aproveitou para divulgar o seu trabalho e, consequentemente, chamar a atenção do público sobre a questão ambiental. Atualmente, o grupo, que atua no Parque Natural de Lages, conta com 38 membros.

“O nosso trabalho é voltado à atividade escoteira e também à preservação ambiental. No Parque Natural, a gente atua muito a questão de conscientização ambiental. Trabalhamos com reflorestamento, entrega de mudas e confecção de lixeiras para a cidade. Entendemos que é muito importante a questão de conscientização ambiental, porque num futuro não tão distante, se não cuidarmos, vamos ficar sem o nosso bem maior: a natureza”, declarou Gisiele Piucco, uma das integrantes do grupo.

Não às drogas

Com 21 anos existência e cerca de 1,45 milhão de crianças e jovens atendidos em Santa Catarina, sendo 70 mil só em Lages e região, o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) também foi apresentado durante o desfile. Crianças vestidas com o uniforme do programa, marchando enfileiradas atrás de policiais que atuam no programa, chamaram a atenção do público. No ato, não faltou o mascote do programa,  o “Leão”.

O Proerd é desenvolvido pela Polícia Militar (PM), em parceria com escolas públicas e particulares. Ele trabalha a prevenção à prevenção às drogas e à violência. O programa “é referência não só no Brasil, mas em todo o mundo. Trabalhamos para que nossos alunos tomem boas decisões”, comentou o coordenador na Serra, sargento Paulo da Silva Ribeiro.

 

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