Variedades
El1 segue no The Voice Brasil
O cantor El1, que passou nas audições ‘às cegas’ do The Voice Brasil 2019, da Rede Globo, tem a torcida dos lageanos. Ele morou em Lages de 2013 a 2017, enquanto cursava Jornalismo e deixou muitos amigos por aqui.
Essa não é a primeira vez dele em um reality de música. Em 2016, esteve no X Factor Brasil, da Band e chegou ao Top 4 da sua categoria. Agora, volta ao palco para uma competição bastante popular. “A princípio eu não queria muito me inscrever para o programa, por um certo medo de arriscar outra vez. Mas pensei, também, que pudesse ser uma oportunidade de mais pessoas conhecerem o meu trabalho e, consequentemente, avançar na minha carreira,” admite.
Na primeira vez que apareceu na tela, neste programa, foi cantando a música ‘Essa mina é louca’, da cantora Anitta, e de cara o cantor Lulu Santos, um dos técnicos, virou a cadeira. “Escolhi aquela canção porque sempre tive em mente uma versão diferente dela e acreditei que eu pudesse mostrar personalidade e potencial através dela.”
O cantor pêde escolher integrar os times de Lulu ou Michel Teló, para a sua sequência no programa. “Escolhi o Lulu porque achei bastante assertiva a análise que ele fez sobre a minha apresentação, e por toda a bagagem e influência que ele tem na nossa música. Acredito que vou aprender bastante com ele,” explicou.
El1 conta que antes de subir ao palco, no The Voice, ficou tenso. A mãe do jovem de 26 anos, Lucimara, acompanhou a apresentação e vibrou quando Lulu virou a cadeira. “Quando subi, a energia da plateia foi o que me sustentou. Fiquei naquele povo e esqueci das cadeiras”, lembra.
Carreira
Depois de sair de Lages, El1 focou na carreira artística. Participou de alguns comerciais de TV, trabalhos em atuação e lançou dois singles. O que foi lançado mais recentemente ‘O Jogo Virar’, contou com produção, elenco, set, figurino e direção de Lages. Em 2017, ele lançou ‘Sei lá’.
Representatividade
O artista acredita ser importante a representatividade dos negros nos diversos espaços. E se coloca como exemplo para outros jovens negros. “As lutas que enfrentamos para chegar onde desejamos é praticamente a mesma. É uma responsabilidade muito grande”, define. Sobre o racismo estrutural acredita que é preciso falar no assunto, porque ele é real e não se pode ‘tapar o sol com a peneira” em relação ao assunto. “É triste, machuca, porque é algo muito grave e que mata muitos.” El1 agradece as oportunidades que teve na sua vida. “Muito do que consegui até hoje, foi porque tive bastante oportunidade. Um dia gostaria de fazer aos outros o que fizeram por mim.”