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Divina Providência está com estrutura ociosa
Uma ampla estrutura com direito a alimentação, atendimento psicológico, oficina de artesanato feita pelo grupo Soroptimistas, terapias em grupo, dinâmicas, palestras, momentos espirituais, cavalgadas, entre outras atividades são disponibilizadas, desde 2003, pela Casa da Divina Providência, que fica próxima ao Bairro Várzea. Apesar de ter capacidade para atender 16 pessoas, a entidade acolhe atualmente apenas quatro.
O local é aberto para mulheres a partir dos 16 anos, que são dependentes químicas ou sofrem com problemas psicológicos, como depressão, bipolaridade, entre outros. “Podemos aceitar somente pessoas que não precisam de medicação intravenosa, pois não temos médico, somente enfermeira”, explica a irmã, Maria Natalia Zanote que é a enfermeira e diretora da casa. Quando as mulheres precisam de atendimento são encaminhadas para o Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
O período mínimo de tratamento é de três meses e não há tempo máximo de permanência. A casa atua com as 10 habilidades de vida, determinadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que trabalha, por exemplo, com conhecimento, empatia, pensamento crítico, como lidar com stress e outros sentimentos. E os 12 passos dos Alcoólicos Anônimos (AA) também são focados nas atividades da Divina Providência.
Depois de acolhidas, elas têm contato pessoal com a família uma vez por mês. A liberação delas da casa, depende da decisão pessoal de cada uma e de uma avaliação da equipe. “Há muitas que são curadas, outras recaem e voltam para o tratamento. A maioria é internada devido ao vício em drogas e tem entre 30 anos e 40 anos”, avalia a diretora.
Não é obrigado a pagar pelo tratamento, as pacientes ajudam com o que podem e muitas entram no local, por meio de vagas sociais, encaminhadas pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) ou Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).
Porém, as pessoas também podem buscar o atendimento por conta própria. Bom destacar que ninguém fica contra a vontade e depois que elas são liberadas, são acompanhadas pela equipe, algumas até participam de eventos da casa. “Queremos que nosso espaço seja conhecido. Hoje, apesar do espaço comportar 16 mulheres, estão sendo atendidas quatro”, comenta a psicóloga Luciana Lima (CRP 12/02/382), que faz atendimento pessoal e em grupo com as mulheres.
No local, atuam em torno de 15 pessoas e o apoio financeiro para manter a estrutura vêm da Província da Santíssima Trindade, que fica em Curitiba. A diretora conta que não são mais repassados recursos do município, por conta das mudanças impostas pelo Marco Regulatório.