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Desbarrancamento às margens da rodovia preocupa motorista
A BR-282 é a principal rodovia que liga a Serra Catarinense ao Litoral. Por conta do alto fluxo de veículos que trafegam pelo local, faz com que este trecho mereça atenção quanto às condições de manutenção.
Quem circula constantemente pela rodovia se preocupa com a precariedade em alguns pontos específicos, como desbarrancamento às margens da rodovia. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Estado (Dnit/SC) informa que já está tomando providências.
Para quem viaja de Lages a Florianópolis, ou vice e versa, como é caso do motoboy Robson Souza, depara-se com muitas irregularidades no asfalto, como pintura das faixas, o que torna a viagem mais perigosa, principalmente, à noite.
Além disso, o trecho entre os quilômetros 100 e 107, em Rancho Queimado, está com parte do acostamento cedendo em consequência de um desbarrancamento e a falta de sinalização preocupa. “Só notei a profundidade do desbarrancamento ao passar de ônibus. Não há placa indicando sobre o perigo,” alerta o motoboy.
Ele conta que mora na Capital, mas sobe a Serra com frequência. “É preocupante a falta de manutenção na rodovia” disse. Isso tudo pode ser comprovado através das fotos e vídeo feitos num dos locais considerados mais críticos.
“Simplesmente, a pista está cedendo e se, nada for feito pode até acontecer uma tragédia. Imagine um ônibus e um caminhão lado a lado, fica a 20 centímetros pra cair no penhasco.”
Obras de recuperação
Embora toda a extensão da rodovia precise de algum reparo, inicialmente, as obras serão de recuperação da pista naquele local que está cedendo. O engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Estado (Dnit/SC), de São José, Eugênio Pacelli Werneck, explica que os recursos para as obras de recuperação da rodovia estão garantidos, mas o projeto ainda está em fase de revisão. “Como teve mudanças no projeto, sofrerá um aditivo no contrato. As obras deverão começar ainda este ano.” informou.
O engenheiro admite que o desmoronamento do barranco não é um fato recente e que a cada ano, as intempéries contribuem para que o buraco aumente. Em contrapartida, ele explica que os trabalhos de drenagem, sinalização, roçada e manutenção da rodovia, em toda a extensão, desde Florianópolis a Lages, são feitos.
Na opinião do policial que trabalha no Núcleo de Comunicação Social da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, Adriano Fiamoncini, por se tratar da rodovia mais extensa do Estado, (do Litoral até a Argentina), ela é muito heterogênea e merece mais investimentos por parte do Governo Federal. “Tem trechos muito bons, mas tem também alguns em mau estado de conservação,” finaliza.