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Desafio de Lages é melhorar indicadores de saúde bucal

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Reunião no legislativo discute sobre o PMAQ - Foto: Adecir Morais

Os serviços básicos de saúde bucal oferecidos pela rede pública em Lages, na Serra, não obtiveram uma boa avaliação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica (PMAQ), do Ministério da Saúde.

Das 28 unidades de saúde do município, apenas 18 possuem cadeira odontológica para atender a população. O município reconhece o problema e diz que está trabalhando para ampliar o atendimento neste setor.

Os dados do PMAQ, que avalia outros indicadores de saúde básica, foram apresentados, terça-feira (4), durante reunião na Câmara de Vereadores. Na ocasião, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde falaram sobre o programa e apresentaram números sobre a saúde básica da cidade. A reunião foi proposta pelo vereador Jean Pierre Ezequiel (PSD).

De acordo com os números apresentados, foram avaliadas 40 equipes de saúde básica da cidade. Destas, nove tiveram resultado “muito bom”, quatro “bom”, três “regular” e 24 foram desclassificadas no programa federal, que assegura incentivo financeiro aos municípios com base na qualidade de atenção básica.

Presente na reunião, a secretária de Saúde do município, Odila Waldrich, admitiu que o fraco desempenho do atendimento odontológico está relacionado à falta de cadeira odontológica nas unidades de saúde da cidade. “Estamos fazendo o levantamento da situação e nossa proposta é ampliar o atendimento a partir do ano que vem”, disse.

Ela lembrou que a falta de equipamentos odontológicos é histórico em Lages, resultado da falta de investimentos no setor nos últimos anos. Quanto à ampliação do atendimento, deixou claro que, das unidades que não possuem os aparelhos, apenas oito têm condições de serem ampliadas para receberem os equipamentos.

Adesão

Lages aderiu ao PMAQ em 2011. O programa tem por objetivo melhorar a qualidade dos serviços prestados pela atenção básica. Cerca de 600 servidores, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de consultório dentário, agentes de saúde, fisioterapeutas, dentre outros, atuam do programa.

Com o PMAQ, o Ministério da Saúde viabiliza recursos específicos para serem aplicados na melhoria da qualidade de atendimento. Esse recurso pode ser investido nas unidades de saúde através da aquisição de novos equipamentos, por exemplo. Com o dinheiro arrecadado em 2016 e 2017, o município comprou 200 computadores para as unidades de saúde, 300 tablets para os agentes de saúde, dentre outros materiais. Atualmente, o município tem cerca de R$ 218 mil em caixa.

Os recursos também podem ser destinados aos profissionais das equipes e é isso que o município pretende fazer a partir do ano que vem. Os técnicos da secretaria de Saúde apresentaram uma proposta de repasse dos recursos arrecadados aos colaboradores do programa, com rateio de forma igualitária a todos os servidores. Outros 10% ficarão com a secretaria para investimentos. Um projeto neste sentido está sendo elaborado e deve ser encaminhado à Câmara de Vereadores para apreciação.

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