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Debates fortalecem políticas públicas no combate à violência contra a mulher
A cada 7,2 segundos, uma mulher é vítima de violência física no Brasil. A cada dois minutos, uma mulher é vítima de arma de fogo. Os números assustam, mas ainda não são o suficiente para conscientizar a população, especialmente os homens e agressores.
Para fortalecer e incentivar a criação dos Conselhos Municipais para o combate à violência contra a mulher, rodas de conversa estão acontecendo em diversas cidades de Santa Catarina. na segunda-feira (20), foi a vez de Lages.
Representantes de setores da sociedade civil e do poder público estiveram presentes na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lages, durante todo o dia. Conselheiras Municipais da Mulher, vereadoras, prefeitas, vice-prefeitas, secretárias municipais, trabalhadoras das políticas públicas, pessoas interessadas pelo tema, representantes de universidades e líderes comunitárias integram o público-alvo.
Segundo a coordenadora Estadual da Mulher, Aretusa Larroyd, dos 295 municípios catarinenses apenas 28 têm conselhos municipais de direitos da mulher. “A ideia é incentivar a criação dos conselhos para que eles nos auxiliem no combate à violência contra a mulher.
A Roda de Conversa possibilita a discussão e o debate sobre o tema. Nos permite levar informação aos quatro cantos do Estado. Com estas rodas vamos aproximar o poder público e a sociedade civil, ampliar a rede e contribuir muito mais para a redução da violência”, pontua a coordenadora.
A Roda de Conversa já foi realizada em Itajaí, Chapecó e Criciúma. Esta ação é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST), em parceria com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim).
A secretária de Políticas para a Mulher e Assuntos Comunitários de Lages, Marli Nacif, ressalta que esses encontros são importantes para que os municípios pequenos também tenham consciência do trabalho que existe a ser realizado.
Lages possui uma casa de apoio que está recebendo mulheres de cidades vizinhas, o que preocupa e liga o alerta para que outras cidades da Serra Catarinense também estejam organizadas para receberem essas mulheres.
Marli demonstra preocupação, também, com os filhos destas mulheres. Segundo ela, se nada for feito, será uma geração comprometida, pois acompanha as violências dentro dos lares. A secretária enfatiza ainda que a Assistência Social para a população deve ser valorizada, pois, se uma criança está assistida e se sente bem, a chance de ter sucesso na educação é ainda maior.
Objetivo da Fecam
Fortalecer a parceria institucional – Federação Catarinense de Municípios, CEDIM e Coordenadoria da Mulher em SC; possibilitar a discussão e o debate sobre a política nacional para as mulheres; orientar sobre o processo de criação e funcionamento dos conselhos municipais da mulher; debater e mobilizar os municípios para ações em relação à violência contra as mulheres, esses temas fortalecem as metas pactuadas no Pacto Estadual Lei Maria da Penha.
Com uma trajetória de mais de 38 anos à frente do Movimento Municipalista em Santa Catarina, a Federação Catarinense de Municípios – FECAM, em parceria com as 21 Associações de Municípios, vem auxiliando e orientando os Municípios do Estado e, consequentemente, o que impacta diretamente na melhoria da qualidade de vida da população. O objetivo da entidade é o de fortalecer a gestão pública municipal.
A FECAM acredita que com dedicação, empenho e persistência, podemos transformar a realidade dos Municípios, colocando-os em posição de destaque entre os entes federados. Afinal, é o Município que está ao lado da população e é onde se vivenciam as necessidades e demandas locais. É com a força da união dos Municípios que a entidade segue defendendo os interesses do movimento municipalista e levando-o mais longe a cada dia.
Com esse objetivo, busca ampliar as parcerias com entidades Estaduais, para fortalecer o trabalho realizado. Diante ao exposto, nesta proposta fortalece a parceria com a Secretaria de Estado da assistência Social, por meio da Coordenadoria e do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher.