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Crianças e adolescentes terão dois locais para atendimento
A partir de 14 de janeiro de 2020, os atendimentos às crianças, em Lages, acontecerão em dois locais: na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Infantil Seara do Bem (HISB). O primeiro para casos ambulatoriais e o outro para urgência e emergência. Em coletiva no gabinete, na manhã de terça-feira (12), o prefeito Antonio Ceron; o presidente do Hospital Infantil, o médico Frederico Manoel Marques; e a diretora da UPA, Beatriz Rodrigues Montemezzo, juntamente a outras autoridades, explicaram sobre como vai funcionar essa nova mudança.
A partir da inauguração, a UPA tem de 90 a 120 dias para a regularização dos atendimentos, e umas delas refere-se ao setor de pediatria. Assim como outras especialidades, o hospital também deve oferecer o atendimento pediátrico para que o Ministério da Saúde repasse os recursos financeiros mensais referentes às especialidades.
Em entrevista ao Correio Lageano, na semana passada, a secretária Municipal de Saúde, Odila Waldrich, explicou que, há alguns anos, o Hospital Infantil cedeu o espaço para o município para que o atendimento às crianças atendimento fosse realizado, já que no antigo pronto atendimento não tinha estrutura para o setor infantil.
No Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado entre a prefeitura e o Ministério Público, consta que, a partir da inauguração, as crianças passariam a ser atendidas na UPA. “Nós vamos ter que cumprir esse acordo, junto ao Ministério Público. Hoje, a demanda na UPA suporta esse novo setor”, explicou.
Segundo o diretor Frederico Marques, são seis mil crianças que passam pelo hospital a cada mês, sendo 95% dos atendimentos casos ambulatoriais, e apenas 5% de internamento. Por este motivo, os casos ambulatoriais serão realizados nas unidades de saúde e na UPA, e os de urgência e emergência continuam no Infantil.
Conforme Beatriz, será feito um sistema de triagem para crianças, da mesma forma que é feito para os adultos. Também serão transferidos três médicos do Seara do Bem para a UPA. “A equipe é capacitada para atender todos os pacientes. Vamos aumentar o número de médicos conforme a demanda.”
Ela também explica que o primeiro caminho para toda população é a Unidade Básica de Saúde (UBS), caso não seja atendida na UBS, deve ir para a UPA e, então, o caso será analisado e, se for emergência, vai ter ambulância para deslocar a criança até o Hospital Infantil. “Será um atendimento seguro e tranquilo e se chegar um caso não-ambulatorial, temos profissionais para atender a urgência e a emergência na UPA”, afirma Beatriz.
Segundo a prefeitura, a UPA tem estrutura para receber esta nova mudança e pretende fazer uma estrutura de separação para a recepção das crianças e para a dos adultos. “Vamos agilizar para que não haja demora no atendimento das nossas crianças”, comenta o prefeito.