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Criança se fere em parquinho do Bairro Guarujá
Praças, quadras de esportes e parquinhos de diversões passam por limpeza e manutenção, em Lages. Trabalho feito pela Secretaria do Meio Ambiente quase que diariamente, mas, mesmo assim, não há como garantir que acidentes não aconteçam, segundo o secretário da pasta, Euclides Mecabô.
Ele destaca que “a prefeitura não tem um meio para averiguar a resistência dos materiais usados nos equipamentos já instalados. Pode estar bom por fora, mas não sabemos como está por dentro”, disse Mecabô.
A dona de casa, moradora do Bairro Cristal, Adalia Heinz descobriu isso da pior maneira. Ela Levou os quatro filhos para brincar no parquinho do Guarujá e tomou um susto quando viu um deles, o Isaias, de 9 anos, sangrando na cabeça.
O balanço que ele usava arrebentou e, ao cair, o menino feriu a cabeça e precisou fazer quatro pontos. “Postei nas redes sociais para alertar. Por sorte não atingiu um dos gêmeos que estava no balanço ao lado,” comenta a mãe.
O ferimento não foi grave, mas revelou um perigo ao qual todas as crianças estiveram expostas. O assunto repercutiu na redes sociais e as cobranças para providências em outros locais públicos se multiplicaram.
Após o incidente com o menino, na segunda-feira (7), todos os brinquedos foram retirados do local. O presidente da Associação de Moradores do Bairro Guarujá, Luis Borges disse que havia alertado ao secretário sobre a situação dos brinquedos. “Verbalmente, fiz mais de seis pedidos. Via documento, fiz o primeiro em novembro,” afirma o líder da comunidade.
Cobertura
Mecabô informa que são mais de 60 praças, 40 parquinhos e 30 quadras de esportes em Lages e que estão sob os cuidado da Secretaria do Meio Ambiente. Um cronograma é elaborado semanalmente para averiguar as prioridades. Uma dor de cabeça a mais para o secretário, pois na cidade não falta trabalho e, por hora, tudo tem que ser feito com equipe reduzida. Muitos estão de férias.
O terreno onde fica o parquinho do Bairro Cristal, por exemplo, parece esquecido pelo poder público. O mato por pouco não esconde os brinquedos. Mecabô adiantou que semana que vem uma equipe fará a roçada e analisará os equipamentos.
O secretário observa que os equipamentos estão submetidos à ação do tempo e à dos vândalos e que, muitas vezes, pelo estado que ficam, não há recuperação. Para agravar ainda mais, a prefeitura não está comprando equipamentos novos. Se não der para recuperar, o espaço vai ficar sem o brinquedo ou equipamento.
Outro local que está precisando de reforma é a Praça Erasmo Furtado, em frente ao Ginásio Ivo Silveira. Embora tenha passado por roçada recentemente, os brinquedos do parquinho estão em estado precário e oferecem riscos aos usuários. Mecabô garantiu que vai dar uma olhada lá.
Zelo em conjunto
Nem todos ficam esperando que o poder público realize os serviços nos espaços de suas responsabilidades. No Bairro Conta Dinheiro, por exemplo, a comunidade cuida da Academia da Terceira Idade que fica na praça São José, junto à igreja de mesmo nome. Se um equipamento estraga, seu Luiz de Gonzaga Mendes corre soldar.
Lá, nada perece. Mas isso não significa que os vândalos não deixam de agir. A torneira do bebedouro não existe mais. Outro dia, conta seu Luiz, que o banco foi arrancado e não foi levado por pouco porque uma parte ficou presa no concreto.
“Fixei novamente para não irem buscar no outro dia”, disse ele, que mora nas imediações há quase 50 anos. Hoje, dos 10 equipamentos existentes no local, apenas um está danificado, mas a peça está na casa do seu Luiz para quando conseguir uma solda, fixar novamente. “O povo é triste, não coopera” , lamenta.