Economia e Negócios

Cresce a venda de caminhões novos

Published

em

Lages, 28/06/2010, Correio Lageano

 


Com a facilidade das linhas de financiamentos subsidiados pelo Governo Federal e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), também na Serra Catarinense crescem as vendas de caminhões pesados.


As revendas de caminhões pesados comemoram o aumento nas vendas no primeiro semestre. Caminhões novos, que antes eram mais difíceis de serem vendidos, hoje com a facilidade de aprovação de crédito a juros de 4,5% ao ano e a prorrogação até dezembro do imposto sobre produtos industrializados (IPI), que antes estava prevista para julho, foi o que motivou o crescimento do setor.


A desoneração do IPI se deu também para outros bens de capital, como bombas, congeladores, refrigeradores industriais e silos para armazenagem de grãos. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a maio deste ano, foram comercializados 21,2 mil caminhões, com alta de 90,4%, em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda segundo dados da Anfavea, os caminhões da marca Scania foram considerados líderes de vendas nestes meses, com cerca de 5.959 unidades vendidas. O mérito se deu pelo crescimento do transporte de grãos e o de carga industrial.


Segundo informações do diretor comercial da Exatidão Caminhões, revendedora Ford em Lages, Marcel Wolfart, o aumento das vendas de caminhões de peso nesse primeiro semestre, comparado ao do ano passado no mercado nacional, foi de 56%. “O mercado agora está para os caminhões zero quilômetro, devido as boas condições e a facilidade na linha de financiamento. Por outro lado, a compra e troca dos veículos usados está em baixa”. Com a alta demanda, os caminhões novos estão em falta no mercado e muitas vezes é preciso esperar até seis meses pela entrega.


Os caminhões mais procurados na linha Ford são o Cargo 24-28 peso bruto total e motor 280 cavalos de potência, e que são destinados a viagens longas, e o Cargo 815, para viagens curtas. O custo de tabela destes veículos está a partir de R$ 199 mil. “As vendas na região se concretizam mais para caminhoneiros autônomos do que empresariais”, explica Marcel.


Segundo informações do gerente de veículos novos da Batisttella Veículos Pesados, Ricardo Raizer, os caminhões de alta potência mais procurados na linha Scania, são o cavalo G420, destinados a carretas de três eixos, permitido nas rodovias estaduais, e o G380. O custo aproximado do veículo é de R$ 370 mil e oferece direção hidráulica, computador de bordo, piloto automático, vidro e trava elétrica, acessórios básicos, entre outros.


A marca Volvo, de acordo com o gerente de pós-venda da Dicave, Roildio José Rossi, a margem de crescimento foi de 20% no primeiro semestre. O caminhão mais vendido no Brasil é o FH 440 com teto alto.


Para competir com o preço dos caminhões nacionais, está chegando no mercado brasileiro o Sinotruk Howo, originado na China e custando 30% menos do que outros caminhões da linha de peso.


Com o crescimento na venda de caminhões, ganhou, também, o mercado de implementos rodoviários, como o seguimento granel da marca Randon. O gerente comercial, Edson Luiz Barcelos, afirma que devido à venda de cavalos das marcas mais variadas, a venda de carrocerias também cresceu 38,5%. Segundo ele, a procura maior está para caminhões de três eixos com capacidade máxima de 32 toneladas.


 

Foto: Daniele Melo

clique para comentar

Deixe uma resposta