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Coreia do Norte revela mistérios de seu futebol contra Brasil

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Johanesburgo, 16/06/2010, (EFE)
 

Tão fechada quanto o regime político de seu país, a seleção da Coreia do Norte acabou revelando os segredos de seu futebol nesta terça-feira, quando estreou na Copa do Mundo contra o Brasil e arrancou uma honrosa derrota por 2 a 1.

 

A ordem tática da equipe treinada por Kim Jong-Hun foi a principal força dos norte-coreanos na partida, o que permitiu a eles segurar o ataque brasileiro durante todo o primeiro tempo.

 

No segundo, a Coreia do Norte não manteve o mesmo nível, sofreu dois gols, de Maicon e Elano, mas ainda assim Ji Yun-Nam conseguiu marcar um gol de honra a poucos minutos do fim do jogo.

 

Apesar da derrota, o jogador da Coreia do Norte, 105ª colocada no ranking da Fifa, festejou o gol pela importância e pelo simbolismo daquela marca sobre os pentacampeões mundiais.

 

Após a partida, jornalistas se questionavam se os norte-coreanos precisavam fazer tanto mistério, dadas as limitações técnicas do time, tendo a ordem tática como única arma significativa.

 

Os enigmas transcendem o futebol e despertam inúmeras dúvidas da comunidade internacional sobre o Estado norte-coreano, isolado pelo ferrenho regime político do país.
A seleção da Coreia do Norte é a que tem menos torcedores no Mundial, em consequência das restrições para que os cidadãos norte-coreanos viajem ao exterior.

 

Com 24 milhões de habitantes, o regime de Kim Jong-il não permite que os cidadãos saiam do país. No jogo contra o Brasil, o time só contou com a torcida de um grupo de chineses contratados para acompanhar a partida no estádio Ellis Park, de Johanesburgo, com bandeiras da Coreia do Norte.

 

Falta agora saber se a seleção terá algo mais a revelar sobre o país nos próximos dois jogos, contra Costa do Marfim e Portugal.


Foto: (EFE)

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