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Coordenador da Unesco defende maior acesso à informação jornalística no país

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Brasília, 23/06/2010, Agência Brasil

 

A sociedade brasileira enfrenta uma desigualdade no acesso à informação jornalística tão grave quanto a de outros países.

 

Foi o que afirmou o coordenador de Comunicação e Informação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Guilherme Canela.

 

“Precisamos de um sistema de mídia que amplie o acesso da população às mais diversas formas de produção de conteúdo jornalístico. Há uma pluralidade na oferta que também precisa existir no acesso”, disse em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

 

Canela acredita que o acesso aos meios de comunicação é um dos principais pontos no debate da democratização do conteúdo jornalístico.

 

“Fala-se muito, por exemplo, das possibilidades democráticas com a internet, que são verdadeiras, mas é preciso que a população tenha acesso para que isso possa se concretizar”, acrescentou.

 

O acesso à informação é uma das cinco principais categorias dispostas em um documento que vai ser apresentado hoje (23) na Câmara dos Deputados.

 

Durante audiência pública, a Unesco vai lançar a versão em português do livro Indicadores de Desenvolvimento da Mídia: marco para a avaliação do desenvolvimento dos meios de comunicação.

 

Regulação pelo Estado, diversidade de empresas, tipo de conteúdo e qualificação dos profissionais também fazem parte das diretrizes.

 

Segundo o coordenador da Unesco, o material pode ser uma ferramenta para avaliar se a mídia é democrática, mas tem que ser discutido no Brasil porque é baseado em uma proposta mundial.

 

“A sociedade brasileira precisa ver, dentro dos mais de 100 indicadores, quais os que mais se aproximam da realidade e do contexto do país.”

 

De acordo com o coordenador, o sistema público de comunicação é um fator importante no combate à desigualdade de acesso à informação.

 

“A mídia pública tem que funcionar como uma ferramenta substantiva de melhoria do direito à informação”, defendeu.

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