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Congresso debate uso de games e realidade virtual no tratamento a pacientes com AVC e Parkinson
A utilização de jogos eletrônicos e de tecnologias como realidade virtual tem ajudado pacientes com Doença de Parkinson e que sofreram algum acidente vascular (AVC) a recuperar movimentos e melhorar a condição física.
Esta é uma das áreas de pesquisa na fisioterapia que mais se desenvolveram ao longo da última década e que será destaque nos debates da quinta edição do Congresso Brasileiro de Fisioterapia Neurofuncional (Cobrafin), que acontece entre os dias 10 e 13 de outubro em Florianópolis.
Entre as palestrantes internacionais que estarão presentes no encontro é a doutora Judith Deutsch, da State University de Nova Jersey (EUA), que vai apresentar o resultados de pesquisas utilizando games e realidade virtual que ela está desenvolvendo nos últimos anos.
“Hoje em dia há muitos tipos de tecnologia para oferecer, desde realidade virtual não imersiva (sem uso de óculos especiais) que funcionam especialmente para idosos e pacientes pós-AVC que precisam desenvolver equilíbrio, velocidade da caminhada e funcionalidade dos membros superiores”, comenta a doutora Camila Torriani, presidente científica do Cobrafin.
Ela também faz parte de um projeto pioneiro no Brasil que envolve pesquisadores dos departamentos de Fisioterapia, Educação Física e Engenharias da Universidade de São Paulo (USP) para desenvolver em conjunto, games específicos utilizando realidade virtual para ajudar pacientes a recuperar movimentos e melhorar a condição física.
Na avaliação da dra. Camila, “os benefício das atividades envolvendo jogos são praticamente iguais aos da fisioterapia convencional, mas os games podem ser indicados caso o paciente se sinta à vontade com o estímulo dos jogos, com a competitividade. Alguns adoram, estimula o raciocínio, a velocidade de pensamento”, destaca. As pesquisas com jogos específicos desenvolvidos na USP devem durar entre dois e três anos.
Simpósios e cursos internacionais trazem mil profissionais do país a Florianópolis
Organizado pela Associação Nacional de Fisioterapia Neurofuncional (Abrafin), o encontro vai reunir cerca de 1.000 profissionais de todo o país em uma programação que engloba também a primeira edição de um Simpósio Internacional, 6 cursos internacionais pré-congresso e uma feira de negócios com apresentação de novas tecnologias, como o uso de recursos como realidade virtual para simular ambientes reais e auxiliar pacientes na recuperação de movimentos.
Outro destaque do Congresso Brasileiro de Fisioterapia Neurofuncional é a presença da Dra. Roberta Shepherd, professora honorária e pesquisadora da Universidade de Sydney (Austrália) e uma das responsáveis pelo desenvolvimento da “Ciência do Movimento”, que mostrou como o sistema nervoso pode ser estimulado por meio de atividades físicas cotidianas e fazer com que pacientes possam reaprender a fazer determinados movimentos corporais.
“A percepção de qualidade de vida, associada a um programa de exercícios, pode levar a uma redução na densidade de serviços médicos na população idosa “, escreveu a doutora em estudo publicado no início da década de 1990.
Também estarão na Ilha nos próximos dias a Dra. Edelle Field-Fote (Estados Unidos), responsável pelo início do “Project Miami”, que estuda a cura da paralisia após lesões da medula espinal; a Dra. Colleen Canning (Austrália), que estuda métodos inovadores para reduzir desabilidades e quedas em pacientes com Doença de Parkinson; e o Dr. Daniel Verdecchia (Argentina) abordará uma área que tem crescido muito em número de casos, a Fisioterapia Vestibular, que trata de problemas como vertigens, tonturas, labirintite e quedas.
Fonte: Casa de La Gracia Comunicação