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Condenados 26 membros de organização criminosa liderada por mulher
Integrantes de quadrilha que atuava na região da Serra Catarinense foram condenados por tráfico, associação para o tráfico, receptação, posse de arma, corrupção de menores entre outros crimes. As penas para os 26 réus variam entre 4 e 22 anos de reclusão.
O processo, julgado pela juíza Ana Cristina de Oliveira Agustini, titular da Vara Criminal de Curitibanos, tornou-se um dos mais complexos da comarca pelo número de acusados e a multiplicidade de crimes.
Entre os anos de 2016 e 2018, a organização se instalou próximo a uma escola, creche e posto de saúde, e era comandada e gerenciada por uma mulher, que envolvia nas práticas criminosas o pai, filhos, irmãos, sobrinhos, cunhadas e pessoas de outras cidades e estados. Dois dos acusados vieram do Litoral para “profissionalizar” o tráfico de drogas no local. Três menores foram influenciados e faziam parte do esquema.
Em 2017, com a prisão da líder da organização, a maior posição hierárquica passou a ser ocupada por dois irmãos e uma sobrinha. Os crimes chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de denúncias anônimas.
Foram investigados e confirmados pela polícia militar com a abordagem de usuários e registros em vídeo das vendas de drogas feitas por vários réus, algumas, inclusive, para menores na rua e em frente a outras crianças.
Em cumprimento de mandados, os policiais encontraram drogas, dinheiro, armas de fogo, munição e produtos como celular, aparelhos de som automotivo, bicicleta, moto, câmera fotográfica entre outros objetos furtados e recebidos como moeda de troca. As armas eram usadas para intimidar os moradores que também presenciavam cenas de violência entre os traficantes, os quais tinham funções bem definidas.
A mulher, primeira chefe da quadrilha, foi sentenciada a 18 anos de reclusão. Os dois irmãos, que posteriormente encabeçavam a organização, em 22 e 18 anos, e a sobrinha, em 13 anos. Todos devem cumprir em regime inicial fechado. Do grupo acusado, 12 integrantes continuam presos. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.
Números
39 testemunhas foram ouvidas em três dias
3 mil páginas tem o processo que corre em segredo de justiça
12 integrantes do grupo continuam presos
Fonte: Núcleo de Comunicação TJSC – Lages