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Ciclovia virou espaço multifuncional
Quando foi elaborado o projeto de reurbanização da Avenida Duque de Caxias em 2010 havia a previsão da implantação da ciclovia central. Conforme o Plano Diretor o arquiteto Gastão Pericles Lopes Carsten que participou da execução, propõem que toda avenida que passar por reurbanização, se houver espaço e recursos deve contar com uma ciclovia.
“Até o momento em que todas as faixas estarão ligadas, porque para tê-las interligadas a cidade tem que nascer do zero”, argumenta Gastão. Porém ele, reconhece que na época da elaboração do projeto já se pensou que a faixa central não seria usada somente por ciclistas e que seriam utilizadas para caminhar.
Para o arquiteto, saber usar a ciclovia é uma questão de educação. No entanto, ele observa que o poder público precisa criar locais adequados para as diferentes práticas. Ainda de acordo com Gastão, com a revisão do plano diretor de 2017 foi estipulado a criação de parques lineares (áreas para caminhar, jogar e lazer em geral) ao longo de rio e córregos da cidade, seguindo o mesmo processo das ciclovias. “Com efetividade na medida em que o tempo e dinheiro permitam executar o projeto”, completa.
Sobre punir ou coibir o desrespeito dos espaços, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não prevê sanções aos “infratores”. “Na prática fica complicado punir ciclista e pedestre que invadem os espaços. Não tem como fiscalizar, nem agentes suficientes que façam esse controle”, argumenta.
Campanha de conscientização
Para tentar amenizar a concorrência amigável nesses espaços a Diretran fez campanha de conscientização quanto ao uso correto de ciclovia na Duque de Caxias. A atividade de educação de trânsito começaram na quinta-feira 13 das 18h e 21h se estendendo até sexta-feira (21). Pedestres que estavam praticando caminhada e corrida foram abordados e receberam orientações. A mobilização consistiu em sensibilizar e explicar aos cidadãos sobre a pertinência de ciclovias e demais espaços públicos.
Panfletos foram entregues e fixadas quatro faixas nos postes da ciclovia para que sejam visualizadas pelas pessoas que passarem pelo local em outros horários, e alertadas automaticamentes. No material de divulgação estão as seguintes inscrições: “Ciclovia não é pista de Cooper. Pedestre, utilize de forma consciente os espaços públicos. As ciclovias e ciclofaixas destinam-se à circulação de bicicletas. A calçada é o local adequado para que você realize suas caminhadas e corridas diárias. Seja você a mudança no trânsito”
O agente de autoridade de trânsito, Luis Ricardo Lehmkuhl, esclarece que em 2019 as operações terão continuidade com períodos de intervalo. “Resolvemos fazer esta campanha por perceber o número elevado de pedestres na ciclovia, o que pode ocasionar acidentes tanto envolvendo os próprios pedestres, quanto ciclistas e até veículos. É pura questão de segurança viária coletiva”, explica Lehmkuhl.
Há três tipos de ciclovia, cada uma caracterizada pelo tipo de tráfego. No tráfego compartilhado, os automóveis e bicicletas circulam livremente entre as faixas. Na ciclofaixa existe uma faixa específica para o tráfego de bicicletas, porém o trânsito é integrado, há somente um separador.
Na ciclovia, a bicicleta possui uma área totalmente separada e independente do trânsito de veículos, pode ser em um ou em dois sentidos. Os parâmetros para a construção da infraestrutura da ciclovia são estudo da rede viária e monitoramento dos cruzamentos, além de tipo de piso ideal para circulação e da rota.
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Você se incomoda em dividir a ciclovia com pedestres?