Economia e Negócios

Celulose e madeira contribuem para o aumento das exportações

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A exportação de celulose, óleo de soja bruto e madeira serrada subiu 1,8% em fevereiro - Foto: Susana Küster

A diferença entre as exportações e importações, chamada de balança comercial, fechou fevereiro com o maior saldo positivo para o mês, desde o início da série histórica, em 1989. No mês passado, o país vendeu US$ 4,907 bilhões a mais do que comprou do exterior, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). O recorde anterior da balança comercial, em meses de fevereiro, havia sido registrado no ano passado, quando o superávit da balança comercial tinha atingido US$ 4,5 bilhões.

O que ajudou o índice de exportação subir, foram as vendas de produtos semimanufaturados que cresceram 1,8%, puxadas por celulose, óleo de soja bruto e madeira serrada. O diretor executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Mauro Murara Junior, afirma que há uma forte tendência no aumento da exportações em papel e celulose, serrados e chapas.

Os principais mercados seriam a Índia, México, Estados Unidos e China. “O motivo seriam as barreiras impostas pelos Estados Unidos e os eventos climáticos extremos no hemisfério norte”, avalia.
Desta forma, o aumento nas vendas pode refletir na ampliação do mercado, com o fortalecimento das empresas.

O setor madeireiro enfrentou uma grande crise em 2009, empresas fecharam e outras reduziram postos de trabalho. Desde então, as que sobreviveram buscaram racionalizar processos para produzir mais com menor custo. São justamente essas que aplicam tecnologia e competem no mercado externo.

O reaquecimento da economia também fez as importações continuarem a subir em fevereiro. As importações de combustíveis e lubrificantes aumentaram 7,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. As compras de bens intermediários e de consumo subiram 11,7% e 21,3%, respectivamente.

As importações de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) saltaram 24,4%. Para se ver como o mercado é complexo, muitas das empresas catarinenses que exportam, compram máquinas de outros países para se manterem competitivas.

Maior interferência

O que ajudou a subir mais o resultado da balança comercial, foram as vendas de produtos manufaturados, que aumentaram 41,6% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária. Além da plataforma de petróleo que interferiu no resultado, os destaques foram pisos e revestimentos, com alta de 361,3%; bombas e compressores (+115,2%) e tratores (+110,3%).

Expectativas

Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2017 em US$ 67 bilhões, o maior resultado positivo da história, o mercado estima um superávit menor em 2018 motivado principalmente pela recuperação da economia, que reativa o consumo e as importações. Oficialmente, o Mdic estima superávit de US$ 50 bilhões neste ano.

Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras e divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 54,3 bilhões para este ano.

Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (2016) publicado no 2º Anuário Estatístico de Base Florestal de Santa Catarina, feito pela Associação Catarinense de Empresas Florestais

Fonte: 2º Anuário Estatístico de Base Florestal de Santa Catarina, feito pela Associação Catarinense de Empresas Florestais

Com informações da Agência Brasil